A situação de alerta, anunciada na sexta-feira, mas formalizada no sábado, por decisão dos ministérios da Administração Interna, Defesa Nacional, do Trabalho, da Saúde, do Ambiente e da Agricultura, prevê medidas extraordinárias e será reavaliada pelo Governo na segunda-feira.
De hoje até terça-feira, é proibido circular ou permanecer nos espaços florestais previamente definidos nos Planos Municipais de Defesa da Floresta Contra Incêndios, bem como nos caminhos florestais, caminhos rurais e outras vias que os atravessem, fazer queimadas ou trabalhos nos espaços florestais com recurso a qualquer tipo de maquinaria, com exceção dos que tenham a ver com combate a incêndios.
É igualmente proibido o uso de fogo de artifício ou outros artefactos pirotécnicos, estando suspensas as autorizações que tenham sido entretanto emitidas, de acordo com a informação do Ministério da Administração Interna.
Será feito ainda o reforço do dispositivo dos corpos de bombeiros com a contratualização de até 100 equipas, mediante a disponibilidade dos corpos de bombeiros, de acordo com o executivo.
O ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, justificou a decisão do Governo quanto ao risco de incêndio com três fatores: o novo pico de calor que se vai fazer sentir nos próximos dias, a partir de domingo, que poderá alcançar temperaturas superiores a 40 graus, os ventos que poderão variar entre os 40 e os 60 quilómetros por hora, e, por último, a situação de seca severa e extrema em grande parte do território nacional.
Durante o dia de sábado, ficaram considerados controlados os incêndios em Ourém, distrito de Santarém, e também em Leiria, onde, na sexta-feira, o fogo destruiu um aviário, causou milhares de euros de prejuízo e obrigou à interrupção, durante mais de seis horas, da circulação ferroviária na linha do Norte.
O Governo estima que, deste o início do ano, já arderam 92 mil hectares em incêndios, disse à SIC-Notícias, na sexta-feira, a secretária de Estado da Proteção Civil, Patrícia Gaspar.
O Parque Natural da Serra da Estrela foi atingido, desde julho, por cinco grandes incêndios que afetaram 25% da sua área total e causaram efeitos negativos “muito significativos em locais de sensibilidade ecológica elevada”, segundo o Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (ICNF).
LUSA/HN
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