PSP tem “reforçado” policiamento aos fins de semana na zona da Movida do Porto

29 de Agosto 2022

O Comando Metropolitano da PSP do Porto garantiu esta segunda-feira que está "atento" aos atos de violência decorridos nas imediações dos estabelecimentos de diversão noturna na zona da Movida e que tem "reforçado" o policiamento aos fins de semana. 

“O Comando Metropolitano do Porto está atento ao que se passa na zona da Movida e tem reforçado o policiamento, sobretudo ao fim de semana, porque o fluxo de pessoas que circulam na Movida à semana é diferente do fluxo de pessoas que circula ao fim de semana”, afirmou o comissário e porta-voz da PSP do Porto, José Moreira.

À Lusa, o comissário salientou que, com o abrandar da pandemia da covid-19, as pessoas têm “saído mais à rua”, o que, consequentemente, pode levar a que existam mais atos de violência, nomeadamente, roubos e furtos.

“Desde que abrandou a pandemia, existe uma grande concentração de pessoas na zona da Movida e nós estamos atentos a essa realidade atual”, afirmou o comissário, não avançando, contudo, se os atos de violência nas imediações dos espaços de diversão noturna aumentaram comparativamente a outros anos.

Quanto ao tipo de atos de violência, José Moreira salientou que são, sobretudo, furtos e roubos e, pontualmente, casos de violência entre pessoas.

“Não temos um polícia em cada rua e à porta de cada bar, mas conhecemos a zona da Movida e temos os meios alocados para aumentar a visibilidade nessas zonas”, observou o comissário, destacando que a unidade móvel de atendimento tem permitido “aumentar a visibilidade” policial nestas zonas da cidade.

“Nestas zonas temos ao dispor a nossa unidade móvel de atendimento, vulgo esquadra móvel, que está a percorrer as principais zonas de diversão noturna para que as pessoas vejam a polícia mais próxima desses locais”, referiu.

Na zona da Movida, a unidade móvel, à qual estão associados outros meios da PSP, como meios territoriais, funciona da 01:00 às 05:00 durante os fins de semana.

“O facto de termos a esquadra móvel na zona da Movida, a mesma está visível e as pessoas sabem que os polícias estão ali”, reforçou.

Já quanto ao sistema de videovigilância, que será composto por 79 câmaras fixas, José Moreira destacou que o mesmo integra a “segurança passiva”, mas que terá “vantagens no sentimento de segurança” da população na via pública.

“Ao visualizarmos ‘in loco’ o que se está a passar, rapidamente podemos colmatar algum foco de desordem e canalizar para esse foco os nossos efetivos”, acrescentou.

Com casa cheia e a situação financeira a aliviar “ligeiramente”, empresários de bares e discotecas do Porto têm vindo a apostar em segurança privada para, no interior dos espaços, colmatarem a insegurança que se vive na rua e protegerem clientes e funcionários.

No domingo, o presidente da União de Freguesias do Centro Histórico do Porto, Nuno Cruz, afirmou à Lusa que a segurança na cidade foi “abandonada” pelo Governo e defendeu mais “polícias na rua” da Movida, onde se concentram os estabelecimentos de diversão noturna.

À semelhança de Nuno Cruz, também as associações de bares e discotecas do Porto defenderam o reforço de policiamento permanente na zona da baixa e do centro histórico, temendo que a insegurança afaste os turistas e locais que têm promovido a retoma económica do setor.

LUSA/HN

0 Comments

Submit a Comment

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

ÚLTIMAS

IGAS processa Eurico Castro Alves

A Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS) anunciou hoje ter instaurado em novembro de 2024 um processo ao diretor do departamento de cirurgia do Hospital Santo António, no Porto.

MAIS LIDAS

Share This
Verified by MonsterInsights