Vivemos tempos conturbados e incertos, marcados por acontecimentos inesperados e imprevisíveis que conduziram a uma pandemia e a uma guerra. Estes factos agravaram e evidenciaram as fragilidades do mundo, em particular o aumento do envelhecimento, das doenças crónicas e morbilidade múltipla, das desigualdades em saúde, exacerbadas pelos fluxos migratórios, e o aumento dos custos nos sistemas de saúde.
Importa, assim, tendo presente a atual conjuntura mundial e os seus efeitos colaterais, sobretudo ao nível das economias, repensar o modo como os sistemas de saúde são financiados e organizados, bem como como poderemos promover a utilização eficiente dos recursos para garantir um Serviço Nacional de Saúde (SNS), capaz de responder aos presentes e futuros desafios.
Para este efeito a APDH, dando continuidade ao seu plano de ação, pretende com este congresso reunir os contributos de peritos e profissionais, das mais diversas áreas do conhecimento, centrando a discussão em seis grandes dimensões orientadoras:
- Prevenção e Saúde Mental
2. Saúde Pública e Integração de Cuidados
3. Investir na Saúde: Financiamento, Inovação e Tecnologia
4. Doenças Crónicas e Morbilidade Múltipla: Percurso de Vida e Envelhecimento
5. Inteligência Artificial e os Dados ao Serviço da Saúde
6. Capital humano da Saúde: Como Reter os Profissionais no SNS
Estas dimensões deverão ser balizadoras da atuação dos decisores políticos, bem como pressupõem uma análise estratégica robusta, assente em políticas públicas integradas, que garantam um setor da saúde sustentável, que considere os diferentes níveis de cuidados de saúde do SNS, incluindo o setor privado e social, a comunidade, as organizações, os profissionais e os cidadãos.
Importa assim, mais do que nunca, definir uma estratégia concertada, baseada em modelos que se traduzam em ações e concretizações, que demonstrem como poderemos, na prática, aperfeiçoar os sistemas de saúde nas áreas principais e alcançar os melhores resultados e ganhos em saúde.
Agir em saúde, supõe, portanto, seguir caminho diferente da atual experiência e cultura de saúde em Portugal e no mundo – esta Ação deverá ser proactiva, inovadora e focada nas pessoas. Tal transformação exigirá um novo tipo de relacionamento entre o sistema de saúde tradicional, prestadores, utentes, comunidades e parceiros – um sistema em que as pessoas sejam atendidas, possibilitando o tratamento e resolução das suas necessidades básicas da saúde e sociais, evitando visitas hospitalares desnecessárias.
O atual momento implica, deste modo, uma análise estratégica robusta sobre como poderão ser transpostas para ações concretas as necessárias reformas a nível dos sistemas de saúde, sociais e económicos, que permitam estimular as necessárias mudanças e contribuam para a promoção de uma utilização eficiente dos recursos garantindo um SNS, atuante e capaz de responder aos atuais e futuros desafios.
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APDH
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