A OMS divulgou hoje um novo relatório e um portal com dados de 194 países sobre doenças não transmissíveis e respetivos fatores de risco: tabagismo, alimentação não saudável, uso nocivo de álcool, falta de atividade física e poluição do ar.
“A eliminação desses fatores poderia prevenir ou retardar problemas de saúde significativos e muitas mortes prematuras” por estas doenças, de acordo com os peritos.
Para a OMS, que lançou a iniciativa durante a assembleia geral da ONU, este é um dos maiores desafios do século na saúde e no desenvolvimento.
As doenças cardiovasculares, o cancro, a diabetes e as patologias respiratórias crónicas, a par da saúde mental, causam quase três quartos das mortes a nível mundial e matam 41 milhões de pessoas por ano.
O relatório “Números invisíveis: a verdadeira extensão das doenças não transmissíveis e o que fazer com elas” dá visibilidade a estas patologias e lembra “a verdadeira escala” desta ameaça e dos fatores de risco, considera a OMS em comunicado.
“Também mostra o custo-benefício de intervenções económicas aplicáveis globalmente que podem mudar esses números e salvar vidas e dinheiro”, avança a organização.
O portal contém os dados mais recentes de cada país, fatores de risco e adoção de políticas: “Torna visíveis os padrões e tendências nos países e permite a comparação entre países ou dentro de regiões geográficas”.
“Segundo a OMS, a cada dois segundos, uma pessoa com menos de 70 anos morre de uma doença não transmissível e 86% dessas mortes ocorrem em países de baixo e médio rendimento.
“Essa grande mudança na saúde pública nas últimas décadas passou amplamente despercebida”, considera a organização.
“O relatório e o portal chegam num momento crítico para a saúde pública: em 2022, apenas alguns países estavam a caminho de cumprir a meta do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) de reduzir em um terço as mortes precoces por doenças não transmissíveis até 2030”, sustenta a OMS.
Os especialistas alegam que a prevenção e tratamento são uma “excelente oportunidade de investimento, que terá inúmeros impactos no crescimento económico, superando em muito o dinheiro gasto”.
LUSA/HN
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