Neste triénio, a esperança de vida à nascença, para Portugal, foi estimada em 80,72 anos, o que correspondeu a uma redução de 0,34 anos (4,1 meses) relativamente ao triénio anterior (81,06 anos), segundo as “Tábuas de Mortalidade em Portugal – NUTS [Nomenclatura de Unidades Territoriais para fins estatísticos] (2019-2021)”.
Neste período, refere o INE, “em resultado do aumento do número de óbitos no contexto da pandemia da doença covid-19, registaram-se, também, reduções na esperança de vida para a maioria das regiões NUTS II e III”.
Contudo, ressalva, o impacto da pandemia foi diferenciado nas regiões do país.
De acordo com os dados, o valor mais elevado da esperança de vida à nascença foi registado na região Norte, situando-se nos 81,13 anos para o conjunto da população, sendo para os homens de 78,15 anos e para as mulheres 83,81.
A região Centro apresenta o segundo valor mais alto (80,98 anos), seguido da Área Metropolitana de Lisboa (80,75), do Alentejo (79,83), do Algarve (79,78), da Madeira (78,55) e dos Açores (78,18).
As estimativas relativas à esperança de vida à nascença mostram que em nove das 25 regiões NUTS III foi superado o valor nacional (80,72 anos).
Destas, seis regiões (Cávado, Região de Leiria, Ave, Região de Coimbra, Área Metropolitana do Porto e Região de Aveiro) registaram valores da esperança de vida à nascença acima de 81 anos.
Em contrapartida, as menores esperanças de vida à nascença verificaram-se nos Açores, no Baixo Alentejo e na Madeira, onde a expectativa de vida não atingiu 79 anos.
Apesar da esperança de vida ter diminuído no período em análise, o INE salienta que “nos últimos 11 triénios, todas as regiões NUTS III registaram ganhos de longevidade à nascença”.
“O maior acréscimo verificou-se na região Autónoma da Madeira (2,42 anos) e o menor na região Terras de Trás-os-Montes (0,62 anos, 7,44 meses)”, salienta.
No período 2019-2021, as maiores diferenças de longevidade entre homens e mulheres foram registadas nos Açores e da Madeira, onde as mulheres podem esperar viver em média, respetivamente, mais 7,10 e 6,67 anos do que os homens.
Já as menores diferenças de longevidade entre sexos foram observadas na Área Metropolitana de Lisboa e na região Norte (5,63 e 5,66 anos, respetivamente).
Quanto à esperança de vida aos 65 anos no período 2019-2021, as estimativas apontam para 19,35 anos, menos 4,1 meses relativamente ao triénio anterior, sendo de 3,42 anos a diferença entre a longevidade de homens e mulheres.
Neste triénio, os valores mais elevados de esperança de vida aos 65 anos observaram-se na Área Metropolitana de Lisboa para o total da população (19,60 anos), para as mulheres (21,18 anos) e para os homens (17,65 anos), juntamente com a região Norte (19,51 anos).
As maiores diferenças de longevidade aos 65 anos entre homens e mulheres registaram-se na Madeira e nos Açores, onde as mulheres podiam esperar viver em média, respetivamente, mais 4,49 anos e mais 4,47 anos do que os homens, enquanto a menor diferença foi observada no Norte (3,27 anos).
Na construção das tábuas completas de mortalidade para Portugal os quocientes de mortalidade são estimados com base nos dados de óbitos observados em três anos consecutivos e na estimativa da respetiva população exposta ao risco de óbito.
LUSA/HN
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