“O Ministério da Saúde do Uganda demonstrou uma notável resiliência e eficácia e está constantemente a afinar uma resposta ao que é uma situação desafiante”, disse Matshidiso Moeti numa conferência de imprensa.
O Uganda declarou um surto de Ébola a 20 de setembro, vários dias depois de a doença contagiosa ter começado a alastrar numa comunidade agrícola rural, e desde então há 64 pessoas infetadas e 24 mortos, embora os números oficiais não incluam pessoas que provavelmente morreram de Ébola antes de o surto ter sido confirmado, de acordo com a agência de notícias AP.
Pelo menos três dos doentes confirmados viajaram desde o sítio onde foi descoberto o vírus, no centro do Uganda, para a capital, Kampala, a cerca de 150 quilómetros de distância, disse Moeti.
Os receios de que o vírus Ebola se pudesse propagar para longe do epicentro do surto e alastrasse na capital densamente povoada levaram as autoridades a impor um bloqueio, incluindo o recolher obrigatório, em dois dos cinco distritos que relataram casos de Ébola.
A transmissão humana é feita através de fluidos corporais, sendo os principais sintomas febre, vómitos, hemorragias e diarreia.
As pessoas infetadas só se tornam contagiosas a seguir ao início dos sintomas após um período de incubação que varia de dois a 21 dias.
As epidemias são difíceis de conter, especialmente em áreas urbanas.
O Uganda passou por várias epidemias de Ébola, a anterior das quais foi em 2019.
Atualmente, não há vacina contra a variante conhecida como “cepa sudanesa”, referenciada no país.
A OMS anunciou em 12 de outubro que os ensaios clínicos de vacinas contra essa variante poderiam começar “nas próximas semanas” no Uganda.
LUSA/HN
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