“O serviço de evacuação nos Açores é do Hospital de Santo Espírito da Ilha Terceira. Tem tido um trabalho inestimável ao longo dos anos, mas é preciso reforçar, valorizar e atualizar todas as regras e dimensionar para aquilo que são as necessidades dos açorianos, para que uma realidade que muitas vezes é penosa, que tem a ver com a doença na distância dos cuidados de saúde, tenha uma resposta mais rápida, mais eficaz e mais capacitada”, afirmou o titular da pasta da Saúde nos Açores, Clélio Meneses.
O governante do executivo da coligação PSD/CDS-PP/PPM falava à margem de uma reunião com o novo presidente do conselho de administração do hospital da ilha Terceira, Pedro Marques, que tomou posse em 22 de setembro.
Nos Açores, há apenas três ilhas com hospital (Terceira, Faial e São Miguel), havendo necessidade de transportar utentes de urgência das restantes seis.
O transporte dos doentes é assegurado pela Força Aérea, que já anunciou a criação de uma segunda tripulação, na base aérea número 4, na ilha Terceira, até ao final de 2022.
O Hospital de Santo Espírito da Ilha Terceira também já tinha criado uma segunda equipa de profissionais de saúde, para assegurar estas evacuações médicas, mas é preciso consolidá-la e dotar a unidade de mais meios, segundo Clélio Meneses.
“Foi criada uma segunda equipa. É necessário regular e consolidar juridicamente todas estas questões e sobretudo dotar dos meios adequados para que as evacuações sejam feitas em tempo útil e de forma eficaz”, avançou.
Questionado sobre a possibilidade de um reforço de meios humanos para esta unidade, o governante disse que “eventualmente” será necessária.
“Conseguiu-se, transitoriamente, um sistema que funcionou durante este ano de uma segunda equipa, que tem tido bons resultados. É isso que é preciso consolidar”, apontou.
O secretário regional da Saúde revelou ainda que está a ser revisto o diploma que regula as prevenções e presenças físicas dos profissionais de saúde.
“O diploma que existe neste momento é de 1997. Nunca houve qualquer atualização. Estamos a trabalhar para fazer essa atualização às reais necessidades deste tempo”, adiantou.
Clélio Meneses não avançou com um prazo para a conclusão da revisão dos diplomas, mas disse que o executivo estava “a trabalhar na consolidação jurídica de todas estas matérias” e que pretende apresentar um decreto legislativo regional único, que concentre vários diplomas existentes atualmente.
LUSA/HN
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