Na apresentação da sua candidatura, o ex-diretor do Hospital Distrital da Figueira da Foz salientou que, neste processo, será necessário ter “sempre presente o princípio da acessibilidade da população a uma medicina de qualidade”.

Em declarações à agência Lusa, o candidato especificou que eventuais fusões no interior da região Centro “de que se fala [Guarda, Covilhã e Castelo Branco] devem ser muito bem estudadas, sem olhar aos aspetos economicistas e de falta de profissionais”.

“Não deve haver prejuízo para as populações e qualquer fusão deve ter em conta a qualidade da assistência às grávidas”, sublinhou o médico, doutorado em medicina pela Universidade de Coimbra.

Especialista em Medicina Interna e Professor na Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra, Manuel Teixeira Veríssimo salientou que, neste processo, será necessário ter “sempre presente o princípio da acessibilidade da população a uma medicina de qualidade”.

Quanto à fusão das duas maternidades de Coimbra [Bissaya Barreto e Daniel de Matos], prometida há vários anos e com local definido desde 2021, que o novo ministro da Saúde anunciou para avançar em 2023, o candidato considera que o processo está bem estudado.

Sob o lema “Ser Médico Hoje, Pensar o Amanhã”, o programa apresentado ontem pelo antigo presidente da Sociedade de Medicina Interna salvaguarda a qualidade da prática médica, apoia os médicos e defende os doentes, numa linha de continuidade da atual direção da SRCOM liderada por Carlos Cortes, que esteve na apresentação da candidatura.

Manuel Teixeira Veríssimo enumerou cinco compromissos: defesa da qualidade da saúde, defesa da qualidade da formação, defesa das carreiras médicas, afirmação da liderança médica e promoção da saúde e bem-estar dos médicos.

O candidato – que tem como mandatário o diretor da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra, Carlos Robalo Cordeiro – considera que é necessário analisar as causas da progressiva deterioração do Serviço Nacional de Saúde (SNS), potenciada pela pandemia covid-19, “que veio agravar as condições de trabalho, onde os médicos sobrecarregados, mal remunerados, sem perspetiva de evolução na carreira e pouco reconhecidos, se sentem cada vez menos motivados”

O especialista adiantou que “a atividade privada dos médicos e das instituições privadas de saúde, que tem cada vez mais peso no sistema, devem merecer a atenção da Ordem dos Médicos, garantindo que a qualidade da Medicina prestada estará presente também no setor privado e social da Saúde da Região Centro”.

Manuel Teixeira Veríssimo pretende atribuir o papel de Provedora da Saúde e do Doente à Ordem dos Médicos, organismo que, segundo o candidato, deve constituir-se como representante por excelência da classe médica junto da tutela, nomeadamente no âmbito das reformas estruturais a implementar na região Centro.

“Vamos acompanhar de muito perto o trabalho a desenvolver pela Direção Executiva do SNS, bem como as alterações decorrentes da aprovação do estatuto do SNS”, afirmou o candidato à presidência do Conselho Regional da SRCOM.

As eleições realizam-se em janeiro de 2023.

LUSA/HN