Hospitais de Coimbra atenderam 155 doentes na unidade de hospitalização domiciliária

3 de Novembro 2022

A Unidade de Hospitalização Domiciliária do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) atendeu 155 pessoas no seu primeiro ano de atividade, mas o objetivo da administração é aumentar o número nos próximos anos.

Na manhã de hoje, ao assinalar o primeiro aniversário da unidade, que funciona no Hospital Geral (Covões), o presidente do conselho de administração salientou que esta linha de serviço “vem ao encontro [da vontade] dos doentes”, retirando-os do hospital e tratando-os em casa, com maior conforto e com menor risco de infeções.

“Sempre que tenham condições clínicas e o internamento possa ser feito no domicílio, em condições de segurança, as nossas equipas prestam esses cuidados, numa extensão do próprio internamento”, explicou aos jornalistas Carlos Santos.

O administrador salientou que “existem enormes ganhos qualitativos”, desde logo a redução de risco de infeção associado aos cuidados hospitalares, a satisfação do doente e a libertação de camas para os doentes que não têm condições para serem atendidos em casa.

“O nosso objetivo é escalar o número atual [de atendimentos], porque o aumento de doentes envolvidos no programa de hospitalização domiciliária permite reduzir os custos unitários e atingir níveis de eficiência mais elevados, que é também uma obrigação nossa”, frisou.

Segundo Carlos Santos, o objetivo dos CHUC é aumentar, “em pelo menos 50%, o número de doentes e ir consolidando, de forma consistente”.

Salientou também que uma das questões que se coloca é o raio de ação da equipa.

“Não podemos ter a pretensão de ter doentes em hospitalização domiciliária em extremos da região Centro”, disse o responsável, referindo que o centro hospitalar responde a doentes de toda a região e do país, o que cria “uma limitação importante”.

Ainda no Hospital dos Covões, a administração do CHUC inaugurou na manhã de hoje a Unidade de Reabilitação Cardiorrespiratória, destinada a doentes com patologia respiratória crónica, que envolve os serviços de pneumologia, reabilitação e cardiologia.

Seguiu-se ainda a inauguração da Unidade Funcional do Pé Diabético, que junta também várias especialidades e a consulta, em funcionamento desde 1991, no sentido de “construir uma base de tratamento dirigida ao doente”.

“Queremos que os resultados na região Centro sejam substancialmente melhorados e, para isso, a colaboração multidisciplinar e multiprofissional é a chave para responder aos problemas dos doentes, que são cada vez mais multidisciplinares e com polipatologias que precisam de uma abordagem integrada”, defendeu o presidente do conselho de administração.

Para Carlos Santos, o objetivo do CHUC é alargar as respostas para as necessidades dos doentes e “melhorar a qualidade da resposta e dos resultados clínicos”, pelo que aquelas unidades estão focadas “na criação de valor e qualidade dos serviços prestados”.

LUSA/HN

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