“Nos próximos dois, três anos ainda vamos ter algumas dificuldades com as quais vamos ter de lidar com sacrifício dos próprios profissionais semana após semana, mas vamos resolver o problema estruturalmente daqui a algum tempo”, disse Manuel Pizarro aos jornalistas, à margem da inauguração do Hospital de Lagos, no distrito de Faro.
O ministro referiu que o Governo está a trabalhar para aumentar a formação de profissionais, com a abertura de mais vagas para médicos em formação geral e em formação de especialidade, mas admitiu que a falta de médicos é um problema de todo o país, que “sente-se mais no Algarve, região onde é difícil fixar médicos devido ao custo de vida mais elevado.
“O custo da habitação é maior e torna mais difícil trazer profissionais”, sublinhou.
Segundo o governante, o problema da falta de profissionais de saúde está a ser trabalhado pelo Governo, nomeadamente “a formação de profissionais, um aspeto muito relevante, a abertura de mais vagas para a formação de médicos em geral e de médicos especialistas, em especial, grande parte delas no Algarve e o reforço do funcionamento do curso de medicina da Universidade do Algarve”.
Além destas, adiantou, também o alargamento da formação de enfermeiros no Algarve “é uma estratégia que, a prazo, vai permitir, seguramente, lidar melhor com esta dificuldade”.
O ministro sublinhou a importância da abertura de mais vagas para a formação de médicos como “um meio estratégico que futuramente vai permitir lidar melhor com esta dificuldade”, a que se junta “um esforço de colaboração conjunta com as câmaras municipais na resolução em matéria de alojamento”.
De acordo com Manuel Pizarro, a partir de janeiro de 2023, “134 médicos vão entrar em formação geral e algumas dezenas, o maior número de sempre de médicos, na formação da especialidade no Centro Hospitalar Universitário do Algarve (CHUA) e também nos cuidados de saúde primários”.
Para fixar os profissionais na região algarvia, o ministro apontou como essencial a criação de novas infraestruturas hospitalares: “Tenho a certeza que é mais fácil fixar médicos e enfermeiros ou outros profissionais num hospital moderno como este, do que era no antigo hospital, num edifício com 500 anos”.
Manuel Pizarro disse que a construção do novo Hospital Central do Algarve “também contribuirá para fixar profissionais na região, um processo que está de novo em marcha, que vai ter evolução durante o ano de 2023”.
Questionado sobre constrangimentos nos serviços nos hospitais de Santarém e de Torres Novas, o ministro disse que o Governo “prevê tomar as medidas necessárias para que estes constrangimentos deixem de ocorrer”.
Manuel Pizarro inaugurou hoje o Hospital Terras do Infante, em Lagos, infraestrutura onde antes funcionava uma unidade privada e que em janeiro passou a integrar o Centro Hospitalar Universitário do Algarve, a par das unidades hospitalares de Faro e de Portimão.
LUSA/HN
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