BE/Açores quer novo edifício ou ampliação da unidade de hemodiálise em Ponta Delgada

8 de Novembro 2022

O BE/Açores anunciou esta segunda-feira que vai propor uma “grande ampliação” ou a construção de raiz de um edifício para a unidade de hemodiálise do hospital de Ponta Delgada, no âmbito da discussão do Orçamento da região para 2023.

 Em declarações à imprensa após visitar a unidade, o líder dos bloquistas açorianos, António Lima, alertou para as “dificuldades estruturais” do edifício da hemodiálise, defendendo que é necessário uma infraestrutura que “sirva melhor a população”.

“Há um Orçamento da região, que está para ser discutido e votado este mês, que não contempla uma grande ampliação desta unidade. Isso é fundamental. É algo que o BE estará atento e apresentará como medida para o próximo Orçamento porque é urgente”, declarou.

António Lima destacou que o número de utentes tem “crescido muito ao longo dos anos” e alertou que as intervenções projetadas pelo Governo dos Açores (PSD/CDS-PP/PPM) para a unidade de hemodiálise do Hospital Divino Espírito Santo são insuficientes.

“A necessidade de ampliar esta unidade, e até eventualmente de criar uma nova unidade de raiz, coloca-se de forma urgente. A ampliação imediata que está prevista é uma pequena ampliação, que é urgente e fundamental, mas temos de ir para além disso”, afirmou.

O deputado do BE no parlamento açoriano defendeu ainda que o executivo açoriano tem de intervir para resolver as “dificuldades de transporte” dos doentes daquela unidade.

“Não é aceitável que um doente depois de quatro horas de diálise fique a aguardar mais de uma hora pelo transporte. Isso não deve, de forma alguma, acontecer”, criticou.

Em novembro de 2021, o presidente da delegação dos Açores da Associação Portuguesa de Insuficientes Renais criticou as condições “desumanas” do serviço de hemodiálise do hospital de Ponta Delgada e acusou o secretário da Saúde de não dar resposta às queixas da associação.

As propostas de Plano e Orçamento dos Açores para 2023 são discutidas e votadas em plenário a partir de 21 de novembro.

PSD, CDS-PP e PPM, que formam governo, têm juntos 26 deputados, necessitando de acordos parlamentares com IL, CH e deputado independente (ex-Chega) para alcançarem maioria, num parlamento composto por 57 deputados, onde estão representados também PS, BE e PAN.

LUSA/HN

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