Douro Superior reclama mais investimento na saúde e meios de emergência médica

10 de Novembro 2022

O presidente da Associação de Municípios do Douro Superior (AMDS) reclamou esta quarta-feira mais meios e mais investimento na área da saúde, que venham compensar o encerramento dos Serviços de Atendimento Permanente (SAP) nos Centros de Saúde deste território.

“Nas localidades onde houve encerramento dos SAP, segundo uma promessa governamental de 2007 deveria estar alocada uma ambulância SIV. Por outro lado, terá de haver por parte do Estado mais investimento na área da saúde, por um interesse maior, que é o bem-estar das populações, neste caso, do interior, disse à Lusa Nuno Gonçalves.

De acordo com o também presidente da Câmara de Torre de Moncorvo, no distrito de Bragança, “as pessoas não podem ficar mais de uma hora à espera de serviços médicos de emergência diferenciados como é o caso uma ambulância SIV ou de uma Viatura de Médica de Emergência e Reanimação (VMER)”.

“Devem ser colocados neste território do Douro Superior mais meios que consigam dar uma resposta cabal aos interesses da população, de forma positiva. Porque de forma negativa, já fomos obrigados a encerrar os SAP e ficaram privados muitos concelhos de atendimento no período da noite”, vincou o autarca social-democrata.

De acordo com Nuno Gonçalves, as VMER e as Ambulâncias SIV foram criadas em 2007 e visavam colmatar as lacunas derivadas do encerramento dos Serviços de Atendimento Permanente dos Centros de Saúde.

“O que estava implícito, aquando do encerramento dos SAP, seria a colocação de meios de socorro diferenciados para proteção da própria população. Tivemos uma greve que fez com que a ambulância SIV de Foz Côa ficasse inoperacional”, frisou o autarca.

Nuno Gonçalves apontou como exemplo o concelho de Torre de Moncorvo, onde a falha da ambulância SIV de Foz Côa ou a de Mogadouro obriga à a intervenção da VMER estacionada em Bragança ou na Guarda, onde as viagens estão “a mais de uma centena de quilómetros de distância”.

“As pessoas não podem estar à espera mais de uma hora, porque isso faz com que se coloque a vida dos doentes em risco, principalmente em territórios com a população envelhecida, onde várias vezes ao dia, são transportadas utentes dos lares ou de outras instituições. Não podemos estar agora, aqui, pelo desinvestimento do que tem sido feito, todos os anos no Serviço Nacional de Saúde, a colocar em risco as populações mais fragilizadas”, enfatizou Nuno Gonçalves.

A AMDS engloba os concelhos de Torre de Moncorvo, Miranda do Douro, Mogadouro, Freixo de Espada à Cinta, Figueira de Castelo Rodrigo, Meda, Vila Nova de Foz Côa.

LUSA/HN

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