“O Conselho de Administração do Fundo Africano de Desenvolvimento, o braço concessional do Grupo Banco Africano de Desenvolvimento, aprovou em 2 de novembro em Abidjan uma subvenção de 6,63 milhões de dólares [6,35 milhões de euros] para o Mercado Comum da África Oriental e Austral, para desenvolver o setor farmacêutico na sub-região”, lê-se num comunicado do banco.
O projeto, que será implementando até 2025, materializa-se em “apoio institucional para desenvolver a indústria farmacêutica destas duas regiões africanas, e irá “ajudar na construção de capacitação dos corpos regulamentares da indústria farmacêutica, produção de sistemas de controlo de qualidade e gestão, e instituições de investigação e desenvolvimento, com o objetivo de produzir e colocar no mercado produtos farmacêuticos seguros e de qualidade para a Covid-19 e outras doenças”, lê-se ainda no comunicado.
“O objetivo é empoderar o apoio ao setor farmacêutico, para que possam produzir medicamentos essenciais localmente para as necessidades da população, especialmente mulheres e crianças”, disse a diretora-geral do Banco Africano de Desenvolvimento para a África Austral, Leila Mokaddem.
“A maioria dos países na região têm uma indústria farmacêutica fraca e subdesenvolvida”, lamentou, acrescentando que “estas regiões estão fortemente dependentes da importação das suas necessidades de equipamentos e medicamentos, e devido à baixa produção local, há uma elevada prevalência de medicamentos falsos em circulação, o que tem sérias consequências para o bem estar das pessoas na região”.
O Mercado Comum da África Oriental e Austral é uma comunidade económica regional que engloba 21 países: Burundi, Ilhas Comores, República Democrática do Congo, Djibuti, Egito, Eritreia, Essuatíni, Etiópia, Quénia, Líbia, Madagáscar, Maláui, Ilhas Maurícias, Ruanda, Seicheles, Somália, Sudão, Tunísia, Uganda, Zâmbia e Zimbabué, não englobando nenhum dos países lusófonos em África.
LUSA/HN
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