“O compromisso que assumi é que o Ministério da Saúde vai naturalmente estudar exaustivamente este estudo, avaliar elementos complementares que venham a revelar-se úteis e tomar uma decisão sobre a localização da construção do futuro hospital do Oeste e o seu perfil funcional, tendo como limite o final do primeiro trimestre de 2023”, afirmou Manuel Pizarro aos jornalistas após uma reunião, à porta fechada, com autarcas da Comunidade Intermunicipal (CIM) do Oeste.
Do lado dos autarcas, o presidente da OesteCIM, Pedro Folgado, aplaudiu o “compromisso” da definição da localização até março e do perfil funcional até setembro do próximo ano.
Com a entrega do estudo encomendado pela OesteCiM, com soluções para localização, valências a ter, dimensão e destino a dar às atuais instalações hospitalares, o governante adiantou que se “avançou decididamente na direção do novo hospital do Oeste”.
Manuel Pizarro remeteu para depois dessa data a definição do perfil assistencial e o lançamento do concurso público a elaboração do projeto ou a definição do modelo de financiamento.
O governante equacionou a hipótese de se avançar para uma parceria-público privada “para a construção e manutenção do hospital” e, nesse cenário, o projeto “não necessita de qualquer verba do Orçamento de Estado”, tranquilizando os autarcas em relação à eventual falta de verbas para o projeto no Orçamento de Estado para 2023.
A parceria público-privada “não é problema desde que funcione e sirva os destinos”, respondeu Pedro Folgado, quando questionado com a hipótese pelos jornalistas.
Uma vez que a construção do novo hospital “demorará sempre alguns anos” e que as unidades hospitalares de Torres Vedras e Caldas da Rainha funcionam em “dois edifícios muito vetustos”, Manuel Pizarro reconheceu a necessidade de obras de manutenção.
Contudo, tendo em conta o cenário de construção de um novo hospital, as intervenções não podem ser “muito vultuosas”, disse, adiantando que o projeto da Unidade de Cuidados Intensivos “tem de ser muito bem estudada se é tecnicamente e financeiramente exequível”.
“Não há dúvida de que o Oeste precisa de uma Unidade de Cuidados Intensivos, assim como de um novo hospital”, rematou.
A região Oeste é servida pelo Centro Hospitalar do Oeste, que integra os hospitais das Caldas da Rainha, Torres Vedras e Peniche, servindo cerca de 300 mil habitantes dos concelhos de Caldas da Rainha, Óbidos, Peniche, Bombarral, Torres Vedras, Cadaval e Lourinhã e de parte dos concelhos de Alcobaça e de Mafra.
LUSA/HN
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