A experiência do São João com tecnologia de ponta foi partilhada no edifício sede da Altice Portugal, em Picoas, por Afonso Pedrosa, que, em declarações ao HealthNews, destacou a tecnologia que permite aos médicos do seu hospital ver “em poucos segundos” o que é mais referenciado na história clínica dos doentes, através de uma nuvem de palavras à distância de um clique, e, em segundo lugar, a importância da construção de equipas de tratamento de dados, que, em períodos de crise, como a pandemia por Covid-19, permitem prever cenários.
Para Afonso Pedrosa, “o maior dos desafios é ter a consciência de que é preciso termos especialistas nessa área nas nossas instituições”, até porque “nem todos têm essa noção”.
“É uma área nova que veio para ficar, não só na saúde, e é de grande importância estratégica”, reforçou o especialista.
Afonso Pedrosa referiu ainda que é preciso “pensar em termos de estratégia de futuro, para podermos implementar projetos que estão de acordo com essa estratégia”. “Temos de ter em consideração que devemos usar estas ferramentas, que têm um custo de implementação temporal e de recursos significativo, numa estratégia de melhoria alargada ao tratamento dos doentes. Há muitos pequenos projetos – o que é absolutamente natural – que se cingem a uma pequena quantidade de doentes, ou a um pequeno âmbito, e isso também não é muito importante, na minha opinião”, explicou.
“O poder da inteligência artificial e os dados ao serviço da saúde” foi a quinta mesa do 9. Congresso Internacional dos Hospitais, organizado pela Associação Portuguesa para o Desenvolvimento Hospitalar. Estiveram também presentes Júlio Pedro, vogal da direção da APDH, e, como moderadora, Teresa Magalhães, professora da Escola Nacional de Saúde Pública da Universidade Nova de Lisboa.
HN/Rita Antunes
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