Sida matou 650 mil pessoas em 2021, 5,79% menos do que no ano anterior

29 de Novembro 2022

Cerca de 650 mil pessoas morreram de Sida em 2021 e um milhão e meio de pessoas foram infetadas pelo vírus da imunodeficiência humana (VIH) no ano passado, segundo o relatório anual do Programa das Nações Unidas de Combate ao VIH/Sida (ONUSIDA) hoje divulgado.

O número total de novas infeções no ano passado foi semelhante ao registado em 2020, enquanto as mortes caíram 5,79%, embora a taxa de mortalidade tenha sido observada especialmente alarmante entre as crianças.

Segundo o ONUSIDA, 15% de todas as mortes no ano passado ocorreram entre crianças com menos de 14 anos, apesar de representarem menos de 15% das pessoas a viver com o VIH no mundo.

No total, 38,4 milhões de pessoas têm VIH em todo o mundo, de acordo com as últimas estatísticas disponíveis, 1,5% a mais do que em 2020, quando a doença afetava cerca de 37,8 milhões de pessoas, segundo o relatório apresentado dois dias antes do Dia Mundial de Combate à Sida, que se assinala em 01 de dezembro.

De qualquer forma, as novas infeções caíram 54% desde o pico da doença em 1996 e as mortes caíram 32% desde 2004, quando dois milhões de pessoas perderam a vida devido à Sida.

Quase dois terços das infeções globais ocorreram por contacto sexual entre pessoas pertencentes a grupos de risco (profissionais do sexo, homens que fazem sexo com homens, usuários de drogas injetáveis e pessoas transexuais).

A parte positiva é que em 2021 aumentou o número de pessoas com acesso à terapia antirretroviral, que subiu 5,22%, chegando a 28,7 milhões de pessoas tratadas.

Por região, a África Oriental e Austral responde por quase metade do total de casos de Sida no mundo: 20,6 milhões, dos quais 78% têm acesso ao tratamento antirretroviral.

O tratamento é menos comum no norte do continente africano e na Ásia Central, onde apenas metade da população afetada tem as terapias necessárias.

O documento destacou a desigualdade de género na luta contra a Sida em diferentes regiões do mundo e mostra o seu impacto nas mulheres na África subsaariana, onde as adolescentes entre 15 e 19 anos têm duas vezes mais chances de serem infetadas do que homens da mesma faixa etária.

Cerca de 63% das novas infeções por VIH na região eram mulheres, quase 10 pontos percentuais a mais do que nas estatísticas globais.

LUSA/HN

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