Organizada pela Direção da Organização Regional de Évora (DOREV) do PCP, a iniciativa, denominada “Tribuna pública em defesa do SNS”, realizou-se em frente do edifício do Hospital do Espírito Santo de Évora (HESE).
Os participantes empunharam bandeiras do PCP e cartazes onde se podiam ler frases como “Mais centros de saúde – novas valências” ou “+ SNS no distrito de Évora” e outros distribuíram panfletos do partido por quem passava na rua.
“Há muitos concelhos do distrito de Évora, como Mourão, Mora ou Vendas Novas, que se debatem com problemas seríssimos da falta de médicos”, afirmou à agência Lusa Patrícia Machado, responsável da DOREV do PCP.
Segundo a dirigente comunista, devido à falta de médicos nos centros de saúde, “muitos utentes ficam sem médico de família” e isso tem como consequências “dificuldades para a realização de exames ou tratamentos, além do acompanhamento” clínico.
“É necessário estudar a questão da dedicação exclusiva no SNS e criar condições de valorização dos vários profissionais para que não sejam aliciados, por falta de condições no SNS, para irem para o sistema privado”, defendeu.
Patrícia Machado assinalou igualmente “dificuldades” no HESE, devido à “falta de profissionais”, como a urgência pediátrica, e o recurso do hospital “a mão-de-obra a partir das bolsas de disponibilidade de médicos” de outras zonas.
Quanto ao novo hospital, que está em construção na periferia de Évora, a responsável da DOREV do PCP disse temer que o prazo para a conclusão da obra “resvale no tempo”, pois “o calendário dificilmente será cumprido”.
A dirigente do PCP mostrou-se também preocupada com o processo relacionado com as infraestruturas e acessibilidades do futuro hospital, lamentando que o PS tenha rejeitado uma proposta dos comunistas para incluir uma verba para esse fim no Orçamento do Estado para 2023.
“Qual é o ponto de situação das expropriações” para a criação das acessibilidades, questionou, sublinhando que a Câmara de Évora, gerida pela CDU, “fez tudo o que estava ao seu alcance no quadro das suas competências e que da parte do Governo tardam as respostas”.
Com conclusão prevista para o final de 2023, o projeto do novo hospital envolve um investimento total de cerca de 210 milhões de euros.
LUSA/HN
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