Por cada uma destas áreas de intervenção foram criados grupos de trabalho, compostos por diferentes instituições, com o objetivo de promover comportamentos saudáveis e, assim, melhorar a saúda da população, refere o documento de apresentação deste projeto, que decorreu hoje em Valongo, no distrito do Porto, e a que a Lusa teve acesso.
“Tivemos como preocupação promover a cidadania em saúde, a capacidade de os cidadãos exercerem de modo informado e responsável poder/influência sobre o seu estado de saúde e sobre o desenvolvimento do sistema e dos serviços de saúde na área de abrangência do ACES Maia Valongo, ou seja, os concelhos da Maia e de Valongo”, adianta o diretor-executivo do Agrupamento de Centros de Saúde Grande Porto III – Maia Valongo, Júlio Nunes, citado no documento.
No que concerne aos AVC, o plano destaca a importância de continuar a educar as pessoas a reconhecer os primeiros sintomas e de garantir uma resposta de reabilitação atempada e adequada.
Motivo pelo qual se prevê o desenvolvimento de um programa de promoção de atividade física para prevenção primária e secundária de AVC, abrangendo 4.000 pessoas com risco aumentado de AVC no final do primeiro semestre de 2025.
Além disso, o plano estima a introdução de conteúdos relativos a literacia de AVC em todos os programas de educação geral para a saúde implementados no território até o final de 2024.
Na área das demências, focando-se na necessidade da preparação para a gestão da doença não só ao nível clínico, mas também ao nível da gestão familiar, o plano prevê a publicação de um estudo multi-institucional que caracterize a epidemiologia e impacto socioeconómico desta doença no território até final de 2024.
Outro dos objetivos passa por criar um repositório digital de recursos comunitários relevantes para a demência.
Apesar de a diabetes ser frequente na população, ainda há muito desconhecimento sobre a doença e sobre como a gerir, sustenta o plano.
Por isso, nesta vertente, tenciona-se criar um programa multi-institucional de desenvolvimento de competências para a gestão da diabetes recém-diagnosticada pelos doentes e famílias, que abranja 30% dos novos diabéticos no primeiro semestre de 2025.
E, além disso, criar um programa multi-institucional de promoção da adoção de estilos de vida saudáveis para doentes diabéticos com histórico de insucesso crónico de controlo glicémico que, no final de 2025, tenha pelo menos 10% de sucesso no controlo glicémico um ano após o início da adesão ao programa.
No que respeita a obesidade e o excesso de peso, e apesar do plano reconhecer que têm vindo a ser implementadas várias iniciativas para promover uma alimentação saudável e prática de exercício físico, o grupo de trabalho estima publicar um diagnóstico anual da avaliação dos estilos de vida da população até ao final de cada ano, baseado na criação de um sistema multi-instituição para monitorização de estilos de vida.
“Assegurar que 80% dos profissionais das instituições integrantes no plano tiveram algum tipo de formação sobre estilos de vida saudável durante a sua vigência até final de 2025”, é outra das metas traçadas.
LUSA/HN
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