Dados disponibilizados pela FMUP à agência Lusa revelam que “os investigadores estimaram o impacto do controlo da rinite alérgica no desempenho académico diário reportado por cada doente, bem como a perda semanal de horas de estudo ou de atividades escolares devido a doença alérgica”.
O estudo foi levado a cabo junto de 2.000 pacientes de 27 países, através dos registos efetuados por cada jovem numa aplicação de saúde móvel de monitorização da rinite alérgica e asma, a ‘MASK-air’.
Nas conclusões do estudo lê-se que “os sintomas nasais foram o principal conjunto de sintomas associados ao comprometimento do desempenho académico”.
“Este estudo reforça, sobretudo, a importância que um bom controlo da rinite representa para os estudantes, bem como a necessidade de informar melhor os pacientes sobre os tratamentos disponíveis mais eficazes para combater os sintomas”, destacou o professor e investigador da FMUP, Bernardo Sousa-Pinto, citado na informação enviada à Lusa.
Os investigadores concluíram que mais de um terço dos participantes perdeu, pelo menos, uma hora por semana de estudo ou de atividades escolares devido a doença alérgica.
Por outro lado, os dados também sugerem que a imunoterapia está associada a um menor impacto dos sintomas de rinite no desempenho académico diário.
Em causa está uma patologia, a rinite alérgica, que atinge mais de 400 milhões de pessoas em todo o mundo, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS).
Pode, também, afetar até um terço da população entre os 13 e os 14 anos de idade.
Os sintomas são espirros, nariz entupido e corrimento nasal.
“São sintomas que afetam não só a qualidade de vida, como também prejudicam o desempenho profissional e académico dos doentes”, sublinhou Rafael José Vieira, outro dos autores do estudo.
Esta investigação foi publicada no Journal of Allergy and Clinical Immunology: In Practice, uma publicação oficial da Academia Americana de Alergia, Asma e Imunologia.
LUSA/HN
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