“Estamos muito satisfeitos por os líderes sindicais terem aceitado os convites dos ministros para se reunirem hoje a fim de terem conversas a nível geral”, afirmou Rishi Sunak, à margem de uma visita a um centro de saúde comunitário em West Yorkshire, no norte de Inglaterra.
Porém, sobre aumentos salariais, o governante avisou: “O Governo está disponível por falar sobre exigências salariais e questões salariais que estão sustentadas no que é razoável, o que é responsável, o que é acessível para o país”.
“Mas o mais importante é que essas negociações estão a acontecer e que vamos tentar sentar-nos e encontrar uma solução”, vincou, em declarações a jornalistas transmitidas pela estação britânica Sky News.
Ministros do executivo britânico têm hoje previstos encontros com os líderes sindicais numa tentativa de pôr fim a uma onda de greves que tem afetado em particular a rede ferroviária e o sistema de saúde.
O ministro da Saúde, Steve Barclay, vai reunir-se com os sindicatos de enfermeiros e médicos, enquanto os ministros dos Transportes e da Educação receberão representantes de trabalhadores dos respetivos setores.
O Reino Unido registou nos últimos meses a maior vaga de greves em décadas, com trabalhadores de aeroportos, guardas das fronteiras, instrutores de condução, condutores de autocarros e trabalhadores dos correios entre aqueles que têm protagonizado paralisações para exigir salários mais elevados.
Os motoristas de ambulâncias têm greves marcadas para vários dias de janeiro e outras profissões, como médicos e professores, ameaçaram iniciar também ações de contestação laboral para pedir uma subida na remuneração que compense a perda de poder de compra.
Além da inflação superior a 10%, impulsionada pelo aumento acentuado dos custos de energia e alimentação, funcionários do setor público queixam-se de congelamentos salariais sucessivos nos últimos anos.
O Governo conservador britânico tem insistido até agora que só discutirá as taxas salariais para o ano financeiro de 2023-24 que começa em abril, e não para o ano em curso.
Pat Cullen, secretária-geral do sindicato de enfermeiros (Royal College of Nursing), considerou a atitude do primeiro-ministro como uma “abertura de otimismo”, mas quer melhorias salariais imediatas.
O alcance de um acordo hoje é improvável e os sindicatos advertiram que as reuniões não iriam impedir as greves previstas no setor da Saúde, o qual está sob pressão devido a um surto de gripe, escassez de pessoal e atrasos devido ao impacto da pandemia de Covid-19.
LUSA/HN
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