O social-democrata Ricardo Gonçalves recuperou, na reunião do executivo municipal escalabitano, a expressão que usou há uma década quando o então ministro da Saúde Paulo Macedo “demorou meses” para agendar uma reunião solicitada para abordar constrangimentos no funcionamento do Hospital Distrital de Santarém (HDS).
“Vou dizer ao atual ministro o que disse a Paulo Macedo: respeite os que são eleitos, porque somos eleitos e se pedimos uma reunião ao ministro da Saúde é porque queremos falar”, declarou, salientando que a reunião com Manuel Pizarro foi pedida pela CIMLT “há alguns meses”.
Entre as questões que preocupam os autarcas dos oito concelhos do distrito de Santarém da área de abrangência do HDS encontra-se a necessidade de uma ambulância de emergência médica, reconhecida pelo próprio Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), como complemento à Viatura Médica de Emergência e Reanimação, afirmou.
Segundo o autarca, a justificação para a ausência deste meio prende-se com a falta de técnicos de emergência pré-hospitalar, nomeadamente por, das 170 vagas colocadas a concurso nacional, só terem existido cerca de 70 concorrentes.
O encerramento de serviços, como ocorre ocasionalmente com as urgências de obstetrícia e de ortopedia, ou outras por falta de anestesistas, sobretudo ao fim de semana, é outro tema que preocupa os autarcas da região, disse.
A questão começou por ser suscitada na reunião do executivo municipal pelo vereador eleito pelo Chega, Pedro Frazão, que considerou “inadmissível” que o hospital de uma capital de distrito tenha serviços encerrados ao fim de semana por falta de profissionais.
O executivo municipal de Santarém vai, igualmente, pedir uma reunião ao novo ministro das Infraestruturas, João Galamba, no sentido de ser encontrada uma solução provisória para a passagem de nível do Pego, a qual se encontra encerrada devido à ocorrência de duas mortes naquele local.
Ricardo Gonçalves afirmou que o projeto para construção de uma ponte superior, que o anterior ministro, Pedro Nuno Santos, afirmou estar em elaboração, é uma solução que “demorará muito tempo”, sendo necessário um “paliativo”, já que esta é a única saída para populações que ficam isoladas em situação de cheia no Tejo.
LUSA/HN
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