Em relação ao esperado para esta altura do ano, foi registado um aumento de 16% na mortalidade, refere o Departamento de Epidemiologia do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA), adiantando que este período coincidiu com “o aumento da atividade gripal, que este ano ocorreu mais cedo do que é habitual em Portugal, o que poderá ajudar a explicar o aumento da mortalidade observado”.
De acordo com a análise do INSA, o excesso de mortalidade foi verificado em maiores de 75 anos.
A nível geográfico, o maior número mortes ocorreu nas regiões Norte, Lisboa e Vale do Tejo e Centro, adianta o INSA numa nota enviada à comunicação social.
“A evolução da mortalidade ao longo do tempo depende do envelhecimento da população e de outros fatores que condicionam a sua vulnerabilidade, assim como fatores extrínsecos, como a ocorrência de fenómenos climatéricos ou epidemiológicos pontuais e/ou sazonais, que afetam sobretudo os grupos em situação de vulnerabilidade”, explica o instituto.
No âmbito das suas atribuições e funções, o INSA procede diariamente à vigilância da mortalidade para identificação e quantificação de eventuais excessos de mortalidade, emitindo alertas às autoridades de saúde sempre que se observam aumentos de mortalidade não esperados.
Neste sentido, o INSA avança que publicará, no final de janeiro, o relatório da mortalidade anual (2022) por todas as causas e, durante o primeiro trimestre, estimativas da mortalidade atribuível à covid-19.
O INSA recorda que, tendo em vista a análise à mortalidade durante a pandemia, está a desenvolver, após a elaboração de protocolo científico e constituição de comissão científica, um estudo epidemiológico sobre as causas específicas de morte e outros fatores associados nos anos pandémicos de 2020, 2021 e 2022.
Os resultados deste trabalho necessitam de dados da mortalidade específica por causas de morte e deverão ser conhecidos até ao final do ano.
LUSA/HN
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