“Em dezembro de 2022 aguardavam em LIC [lista de espera cirúrgica] um total de 9.752 utentes, o que corresponde a um decréscimo de 0,8% (menos 78 utentes), face ao mês anterior”, lê-se no boletim informativo mensal da Unidade Central de Gestão de Inscritos para Cirurgia dos Açores, consultado pela Lusa e disponível na página da Internet da Direção Regional da Saúde.
Em comparação com o período homólogo, em que estavam inscritas para cirurgia 10.657 pessoas, a quebra é de 8,5% (menos 905 utentes).
O Hospital do Divino Espírito Santo (HDES), em Ponta Delgada, na ilha de São Miguel, o maior da região, era o que concentrava mais doentes em lista de espera para cirurgia (6.145) no final de dezembro, seguindo-se o Hospital de Santo Espírito da Ilha Terceira (HSEIT), com 2.460 utentes, e o Hospital da Horta (HH), na ilha do Faial, com 1.147 utentes.
O HDES foi o único hospital da região a registar uma quebra face ao período homólogo (15%), tendo igualmente reduzido o número de utentes em espera entre novembro e dezembro (1,3%).
O Hospital da Horta reduziu a lista de espera em 0,6% face ao mês anterior, mas aumentou 3,3%, em comparação com dezembro de 2021.
Já o HSEIT registou uma subida de 0,3% em relação a novembro e de 6% em relação ao período homólogo.
Também o número de propostas cirúrgicas em espera nos Açores (há utentes que estão inscritos para várias cirurgias) diminuiu em dezembro, face ao mês anterior (1,1%), totalizando 10.885.
O HDES reduziu o número de propostas cirúrgicas em espera em 1,6% e o HH em 1,3%, enquanto o hospital da ilha Terceira registou um aumento de 0,2%.
Segundo o relatório, o tempo médio de espera por uma cirurgia nos Açores, no final de dezembro, era de 383 dias (um ano e 18 dias), mais quatro do que em novembro.
O Hospital da Horta, com o menor tempo médio de espera dos três hospitais (278 dias), foi o que registou a maior subida (17 dias), mas também o HDES (417 dias) e o HSEIT (349 dias) aumentaram a espera por uma cirurgia, em quatro e dois dias, respetivamente.
As três unidades de saúde apresentavam um tempo médio de espera acima dos tempos máximos de resposta garantidos (TMRG) regulamentados, que preveem que uma cirurgia com prioridade normal seja realizada no máximo em 270 dias.
Pouco mais de metade das cirurgias realizadas em dezembro nos Açores (51,6%) ocorreram dentro do TMRG, mais do que as realizadas em novembro (51%).
O HH foi o hospital que mais cumpriu esse critério (82,8%), seguindo-se o HSEIT (62,4%) e o HDES (36,2%).
A produção cirúrgica no Serviço Regional de Saúde dos Açores registou uma redução de 10,6% em dezembro, tendo sido realizadas 774 cirurgias, menos 92 do que no mês anterior.
A maior quebra ocorreu no HSEIT, que operou 226 utentes, menos 53 do que em novembro (19%).
O HDES, com 420 cirurgias, operou menos 31 utentes (6,9%) e o HH, com 128 cirurgias, menos oito (5,9%).
Os três hospitais registaram, por outro lado, uma redução de 332 (29,2%) propostas cirúrgicas entradas, num total de 804.
O decréscimo foi mais acentuado no hospital de Ponta Delgada, que contabilizou 401 novas propostas, menos 171 (29,9%).
O HH registou a maior redução percentual (42,1%), com 132 novas propostas (menos 96), e o HSEIT contabilizou 271 propostas entradas, menos 65 (19,3%).
Já as cirurgias canceladas diminuíram 62,1%, em dezembro, num total de 155 (menos 254 do que em novembro).
O hospital de Ponta Delgada, que registou o maior número de cancelamentos (91), foi o que mais contribuiu para essa redução, verificando uma quebra de 69,8%.
No HSEIT foram canceladas 40 cirurgias (menos 37,5%) e no HH 24 cirurgias (menos 45,5%).
LUSA/HN
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