Sunak disse que haverá financiamento adicional para aliviar a pressão nas emergências hospitalares e reforçar o atendimento a chamadas de ambulância vai permitir “melhorar os tempos das ambulância à medida que recuperarmos da pandemia e das pressões deste inverno”.
O chefe do Governo respondia ao líder do Partido Trabalhista, Keir Starmer, que denunciou tempos de espera superiores em várias cidades inglesas, incluindo em Plymouth, de onde Sunak é natural.
Starmer desafiou Sunak a “deixar-se de desculpas, parar de culpar os outros, parar com os jogos políticos e simplesmente diga: quando é que vai resolver estes atrasos”.
“Durante os cerca de 40 minutos que estas sessões [no Parlamento] tendem a durar, 700 pessoas vão chamar uma ambulância, duas irão declarar um ataque cardíaco, quatro um AVC. Em vez da ajuda rápida de que necessitam, muitos irão esperar e esperar e esperar”, alertou.
As críticas do líder do principal partido da oposição sobre os problemas no serviço nacional de saúde britânico coincidem com o início de dois dias de greve dos enfermeiros sobre salários e condições de trabalho.
Duas greves de 12 horas ontem e hoje vão afear cerca de 25% dos hospitais e centros de saúde em Inglaterra, resultando no cancelamento de milhares de consultas e procedimentos, embora cuidados de emergência e o tratamento do cancro estejam protegidos.
O sindicato Royal College of Nursing (RCN) pediu inicialmente um aumento de 19% para compensar a perda de poder de compra nos últimos anos agravada pela inflação mas admitiu ficar-se por metade do valor. O Governo só está disposto a pagar 5%.
“Os aumentos salariais incomportáveis significariam a redução dos cuidados aos doentes e o aumento da inflação que nos tornaria a todos mais pobres”, argumentou o ministro da Saúde, Steve Barclay, num artigo no jornal Independent.
A inflação no Reino Unido atingiu em outubro um máximo de 41 anos de 11,1%, impulsionada pelo aumento acentuado dos custos energéticos e alimentares, mas abrandou ligeiramente para 10,5% em dezembro.
Pat Cullen, secretária-geral do RCN, disse que o sindicato tinha “estendido um ramo de oliveira, de facto toda a árvore, ao governo”, urgiu a reabertura de negociações, ameaçando com novas greves em fevereiro.
Às paralisações dos enfermeiros deverão juntar-se as dos tripulantes de ambulâncias.
O governo irritou os sindicatos ao introduzir uma proposta de lei que tornará mais difícil aos trabalhadores essenciais fazer a greve ao estabelecer “níveis mínimos de segurança” para bombeiros, serviços de ambulância e caminhos-de-ferro.
LUSA/HN
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