De acordo com as duas instituições, a iniciativa visa aumentar a partilha de conhecimento sobre o impacto do álcool na saúde hepática.
Em Portugal, o consumo de bebidas alcoólicas ainda é a principal causa de doença hepática. Atendendo à realidade portuguesa, o presidente da APEF garante: “A nossa preocupação é manter o assunto sempre vivo”
Para José Presa, “com a junção das duas associações vamos poder usufruir do conhecimento entre os hepatologistas dos dois países ibéricos, uma vez que os nossos povos têm hábitos muito similares e onde a problemática que vamos discutir nos afeta igualmente.”
Segundo o responsável, o consumo de do álcool “impacta largamente a saúde do fígado”, criando doenças como esteatose hepática, hepatite alcoólica, cirrose hepática ou, inclusive, carcinoma hepatocelular.
“Metade das mortes ocorrem em indivíduos com menos de 65 anos”, alerta.
O evento tem lugar nos dias 27 e 28 de janeiro, em Vila Nova de Gaia, Porto.
Segundo os dados do relatório do Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências (SICAD), de 2020, o consumo de álcool é mais elevado por parte dos homens, com 19,5 litros de puro álcool per capita por ano, do que das mulheres, que consomem 5,6 litros.
O estudo demonstra também que em 2020 foram registados 36.799 internamentos hospitalares, com diagnóstico principal e/ou secundário atribuíveis ao consumo de álcool, envolvendo 27.238 indivíduos em Portugal. Os dados referem ainda que, em 2019, morreram 2.507 pessoas por doenças atribuíveis ao álcool, 27% das quais por doenças atribuíveis a doença alcoólica do fígado.
PR/HN/VC
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