Tedros Adhanom Ghebreyesus lembrou ainda que “o levantamento das restrições (para evitar a propagação do SARS-CoV-2) na China levou a um aumento acentuado nas mortes no país mais populoso do mundo”.
O responsável, que falava na abertura da 14.ª reunião do Comité de Emergência da OMS sobre a covid-19, referiu também que a resposta global à doença “continua com falhas”, porque em muitos países “vacinas, terapias e diagnósticos (…) essenciais na prevenção de doenças graves, salvando vidas” ainda não chegaram aos que mais deles precisam.
“Na próxima segunda-feira cumprem-se três anos desde que determinei, com base no vosso conselho, que o surto de um coronavírus até então desconhecido constituía uma Emergência de Saúde Pública Internacional”, disse Tedros Adhanom Ghebreyesus, dirigindo-se aos membros e conselheiros do comité, presidido pelo médico Didier Houssin.
Adiantou esperar que o comité avalie e o aconselhe sobre se a situação continua a ser grave o suficiente para justificar o nível de alerta máximo da OMS.
O diretor-geral da agência da ONU dedicada à saúde declarou que, ao entrar no quarto ano da pandemia, se está numa “posição muito melhor do que há um ano, quando a onda (da variante do vírus) Omicron estava no auge e eram relatadas à OMS mais de 70 mil mortes por semana”.
Mas salientou que em outubro do ano passado, quando o comité se reuniu pela última vez, “o número de mortes semanais relatadas” era de “menos de 10 mil por semana”, enquanto na semana passada a OMS foi informada de “quase 40 mil mortes (…) mais da metade na China”.
“No total, nas últimas oito semanas, foram registadas mais de 170 mil mortes” e “o número real é certamente muito maior”.
O Comité, que conta com 17 membros e 11 conselheiros, deve terminar a reunião ainda hoje e o resultado das deliberações é esperado nos próximos dias.
LUSA/HN
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