“Estamos a concluir os testes ao edifício [das urgências] e aos equipamentos do edifício. Têm estado a correr bem, não tem sido necessário fazer nenhuns ajustes extra significativos e, creio, que está em condições de inaugurarmos a ampliação e a remodelação da urgência no início de março”, afirmou o presidente do conselho de administração (PCA) do CHTV, Nuno Duarte.
Segundo o responsável, tem havido reuniões de acompanhamento do projeto de ampliação e remodelação do serviço de urgências do CHTV e, “tudo indica, “que no início de março, na segunda semana, talvez, estejam reunidas as condições para inaugurar a urgência e então depois fazer a transferência dos serviços durante o mês de março”.
“Já temos grande parte dos equipamentos para colocar na urgência e contamos que até ao final do mês cheguem os restantes e depois dos testes concluídos é que podemos começar a equipar a urgência”, acrescentou, indicando que foi feito um investimento de quase 6,5 milhões de euros (ME).
Nuno Duarte falava aos jornalistas à margem de uma iniciativa da Liga Portuguesa Contra a Epilepsia, cujo dia se comemora hoje, tendo o neurologista Rui André promoveu no átrio do CHTV (no Hospital de São Teotónio, em Viseu) uma ação de sensibilização.
Questionado sobre outros processos no CHTV, o presidente da administração recordou que “está a decorrer o concurso para o centro de ambulatório e de radioterapia” – agora é “aguardar que se cumpram os prazos”.
Sobre o departamento de psiquiatria, cuja obra deveria estar pronta até ao final deste ano, Nuno Duarte assumiu que está a “negociar com a própria ACSS [Administração Central do Sistema de Saúde] um prazo mais dilatado” para a execução da obra.
“Porque era impossível concluir a obra até 31 de dezembro de 2023. Já temos o projeto concluído, estamos a preparar os documentos, as chamadas peças procedimentais, para lançar o concurso”, esclareceu.
“Creio que conseguimos lançar esse concurso durante o mês de março”, admitiu.
Além da negociação do prazo para a obra, o PCA também reconheceu que teve de “renegociar os valores do financiamento do PRR [Plano de Recuperação e Resiliência]”, já que a administração “chegou à conclusão de que a obra tinha um valor superior”.
“Depois de verificarmos todas as necessidades, verificámos que a obra tinha um valor superior aos iniciais 6,2 ME], agora já temos um valor de cerca de 8,2 ME, só a estrutura”, indicou.
Nuno Duarte justificou a subida de dois milhões de euros com o facto de a psiquiatria ter “muitas especificidades” já que, sublinhou, “os utentes da psiquiatria têm de ficar protegidos de muitas situações que para um doente normal não há necessidade”.
“Para além disso, estes projetos no âmbito do PRR têm de ter um determinado nível de eficiência energética que não eram necessários até agora e depois o aumento do custo de construção por metro quadrado que fez aumentar o valor do investimento inicial”, explicou.
Nuno Duarte afirmou ainda aos jornalistas que, “atendendo a estes atrasos que foram verificados e também à necessidade desta reprogramação financeira”, a administração espera agora que a obra esteja concluída em “finais de 2024, ou no primeiro semestre de 2025”.
“Ficaríamos confortáveis com esse prazo. Ainda falta a luz verde, em termos de prazo, por parte da ACSS, mas, em termos de financiamento, sim”, a administração já tem ‘luz verde’ da ACSS.
Segundo este responsável, com este reforço do PRR, “vai ser possível ligar o edifício principal do Hospital de São Teotónio ao novo edifício dedicado à saúde mental” através de um túnel.
“É uma mais-valia para todos, porque o túnel não é só para que as pessoas atravessem de um edifício para o outro, este túnel também vai servir em termos de logística hospitalar, que é muito importante, como a questão das refeições e roupas”, por exemplo, sublinhou.
LUSA/HN
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