O apelo da agência das Nações Unidas para a saúde surge em antecipação da conferência de doadores dedicada ao Iémen, que decorre esta segunda-feira em Genebra, na Suíça.
Quase metade das instalações de saúde do Iémen funcionam apenas parcialmente ou estão inoperacionais devido à escassez de médicos e outro pessoal, eletricidade, medicamentos, equipamentos e fundos financeiros, de acordo com a OMS.
“O Iémen precisa de apoio urgente e forte para evitar o potencial colapso do seu sistema de saúde”, disse o representante da OMS no Iémen, Adham Abdel Moneim Ismail.
“É necessário um novo financiamento de 392 milhões de dólares” para garantir que as instalações de saúde possam continuar a prestar serviços a 12,9 milhões de pessoas, acrescentou, sublinhando que 540 mil crianças com menos de cinco anos vivem numa situação de desnutrição grave com um risco direto de morte.
Nove anos após o início na guerra no Iémen, a ONU estima que 21,6 milhões de pessoas – o equivalente a dois terços da população do país, mas abaixo dos 23,4 milhões em 2022 – precisarão de ajuda humanitária e proteção em 2023.
O Iémen vive desde 2014 mergulhado num conflito entre os rebeldes xiitas Huthis, próximos do Irão, e as forças do Governo, apoiadas por uma coligação militar liderada pela Arábia Saudita e que inclui os Emirados Árabes Unidos.
Os Huthis controlam a capital Sanaa e grandes extensões de território no norte e oeste do país.
Atualmente, o Governo iemenita e os Huthis estão a negociar um prolongamento do fim das hostilidades, que expirou em outubro passado.
De acordo com a ONU, a guerra no Iémen já causou centenas de milhares de mortos e milhões de deslocados.
LUSA/HN
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