“Foi decidido preservar esta unidade do Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro (CHTMAD) em Vila Pouca de Aguiar com a valência de cuidados de convalesça. Vai passar a haver 20 anos de cuidados de convalescença”, afirmou hoje à agência Lusa Alberto Machado.
Esta é, apontou, uma resposta que não existe, atualmente, no distrito de Vila Real.
O autarca disse que a informação lhe foi transmitida pelo diretor executivo do Serviço Nacional de Saúde (SNS), Fernando Araújo, após uma reunião realizada na quarta-feira.
Em meados de fevereiro, Alberto Machado insurgiu-se contra a decisão do CHTMAD de deslocalizar os cuidados paliativos, instalados em Vila Pouca de Aguiar, para o Hospital de Chaves.
O centro hospitalar justificou esta decisão referindo que, com a mudança, disponibilizará “um espaço físico renovado aos seus doentes, com cerca de 20 camas, adaptadas às necessidades específicas desta valência, e integradas numa estrutura hospitalar, cumprindo, desta forma, diretrizes da Comissão Nacional de Cuidados Paliativos”.
A solução agora anunciada pelo ‘CEO’ do SNS é do agrado do autarca, que adiantou que vão ser realizar obras no edifício, ao abrigo do Programa de Recuperação e Resiliência (PRR).
“Haverá uma interrupção para obras, as obras não são muito significativas e foi-nos garantido que, antes do fim do ano, estará a funcionar esta unidade”, salientou. O espaço será gerido pelo CHTMAD e a câmara continuara a apoiar com o pagamento da manutenção do espaço e da água ou luz.
Após o anúncio da saída do serviço de cuidados paliativos, o presidente da câmara desdobrou-se em reuniões com o conselho de administração do centro hospitalar, com os trabalhadores e voluntários afetos à unidade, partidos políticos e, mais recentemente, com a direção executiva do SNS.
O autarca defendia que se deveria “manter o serviço em Vila Pouca de Aguiar e abrir um novo em Chaves” para dar resposta à falta de camas nos cuidados paliativos.
E justificava com o Plano Estratégico para o Desenvolvimento dos Cuidados Paliativos de Portugal 2021/22, que foi feito pelo Ministério da Saúde, onde é referido que o Norte de Portugal “precisaria de 161 camas nos cuidados paliativos e tem 85”.
Agora, segundo Alberto Machado, a nova solução encontrada, que permite manter um serviço aberto em Vila Pouca de Aguiar, “agrada a todos”.
PR/HN/RA
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