“Cada vez que, por uma qualquer razão, um serviço não é capaz de dar resposta plena, há sempre um outro serviço que o faz”, a firmou Manuel Pizarro, em Torres Vedras, reagindo ao alerta do diretor do centro de traumatologia integrado do Hospital S. José sobre o risco de colapso do SNS no verão.
O diretor do serviço, João Varandas Fernandes, afirmou no domingo que, “se não forem encontradas soluções de base sólidas e consensuais”, haverá “sérios riscos de colapso durante este período de verão”, realçando o aumento de afluência às urgências do Centro Hospitalar Universitário Lisboa Central (CHULC) com o encerramento de outras urgências e unidades de internamento.
Manuel Pizarro afirmou que aquele responsável “chamou a atenção para um problema que é, ao mesmo tempo, uma virtude do SNS” e que o Ministério vai “fazer um balanço do plano sazonal do inverno” e começar a preparar-se “para os tempos que aí vêm”.
O governante admitiu ainda rever o encerramento noturno da urgência pediátrica de Torres Vedras, após “monitorizar” e “avaliar” os resultados da estratégia de reorganização dos serviços de urgência de Pediatria na Região de Lisboa e Vale do Tejo.
“Se for caso disso revemos as decisões”, disse Manuel Pizarro, lembrando que “Portugal tem mesmo um problema crónico de excesso de afluxo a urgências”, não por culpa dos utentes mas, “provavelmente, porque não encontram outra porta que seja mais acessível”.
A estratégia de reorganização dos serviços de urgência de Pediatria na Região de Lisboa e Vale do Tejo – que determinou que nenhum dos 14 serviços de urgência encerra, mas fecha o serviço no período noturno em Torres Vedras e em Loures ao fim de semana – resulta, segundo o ministro, da necessidade de “adequar a resposta aos profissionais disponíveis”, mas, após a avaliação, o ministério admite “corrigir o que houver a corrigir”.
Manuel Pizarro falava em Torres Vedras onde hoje assistiu à apresentação do Portuguese Emergency Medical Team (PT-EMT) do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM).
O mecanismo que permite responder a situações nacionais e internacionais de catástrofe ou acidentes graves está a realizar em Tores Vedras um curso de formação para mais 30 profissionais e tem capacidade de responder durante 14 dias a cerca de uma centena de pessoas por dia em ambulatório.
LUSA/HN
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