“Temos um novo desafio que hoje gostaria de destacar, que é criarmos nesta zona geográfica, neste território, uma Unidade Local de Saúde, para podermos, de forma mais integrada, mais organizada e mais colaborativa, responder a necessidades de toda a nossa população”, afirmou.
Na sua intervenção, hoje, na sessão comemorativa, no 51.º aniversário Hospital Distrital da Figueira da Foz, Ricardo Mestre evidenciou que a criação desta ULS faz parte da lógica de gestão do Serviço Nacional de Saúde (SNS) que pretendem potenciar, concentrando a gestão administrativa e clínica e desconcentrando a prestação dos cuidados.
“Esse é claramente um modelo organizacional que poderá ter muito sucesso e que poderá ser, para o resto do país, encarado como de primeiro nível, no sentido de ser exemplar no que podem ser os ganhos que podemos obter através de uma unidade local de saúde”, acrescentou.
Segundo o governante, a ULS da Figueira da Foz (distrito de Coimbra) faz parte do pacote das próximas a serem trabalhadas e que se irão juntar às outras oito que o país já tem em funcionamento.
“Será uma Unidade Local de Saúde que beneficiará, certamente, daquilo que são as características desta população, as características do SNS nesta área geográfica, com um ACeS [agrupamento de centros de saúde] e um com conjunto de cuidados de saúde primários fortes, com um hospital com capacidade de resposta resolutiva. Essencialmente, poderá beneficiar de três ou quatro alterações estruturais, que permitirão que esta nova leva de ULS possa responder cada vez melhor à população”, concretizou.
No seu entender, é primordial ter “uma estratificação de risco cada vez mais fino”, que permita conhecer cada vez melhor as necessidades e os riscos da população, de forma que lhe possa ser dada uma resposta mais ajustada.
À margem da cerimónia, Ricardo Mestre referiu ainda que para a criação da ULS da Figueira da Foz será feito, nos próximos meses, um trabalho técnico, que envolverá profissionais de saúde, o Hospital, os cuidados de saúde primários, as autarquias e outras forças vivas da comunidade.
“Em resultado deste trabalho será criada a Unidade Local de Saúde ainda este ano”, admitiu.
Aos jornalistas sublinhou ainda que este é “um movimento organizacional do SNS”, que para as pessoas resultará em “cuidados de maior proximidade”.
“O que muda é que o SNS se organiza de uma forma diferente, para, de forma mais articulada, responder àquelas que são as suas necessidades”, concluiu.
LUSA/HN
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