A obra, com ilustrações da médica psiquiatra Ana Cristina Lopes, tem a chancela da Tipografia Damasceno. A sessão, com início marcado para as 18h30, vai contar com as seguintes intervenções: Manuel Teixeira Veríssimo (Presidente da Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos); João Maria André (autor do prefácio da obra); Carlos Braz Saraiva; Ana Cristina Lopes e Rui Damasceno (editor da obra).

A iniciativa vai decorrer na Sala Miguel Torga, na sede da SRCOM.

“A obra faz as pessoas rir e pensar sobre a sociedade. A ironia e a sátira têm o poder de transformar”, assume o autor. Escreve João Maria André, o autor do prefácio: “Carlos Braz Saraiva reúne nesta publicação cinco textos em que põe em diálogo entes do quotidiano humano tão estranhos e diversos como uma gravata de seda com um sapato de bico, um relógio de diamantes com uma pulseira dourada, uma tiara de esmeraldas com uma bengala de prata, um espanador de penas de avestruz com uma passadeira vermelha e um capacete emplumado com uma dragona de platina, com o objetivo satírico de, através do enaltecimento balofo destas personagens, pôr a nu os defeitos das pessoas que elas representam. Acompanham e completam os textos cinco desenhos de Ana Cristina Lopes, que ajudam o leitor a visualizar as personagens dos diálogos em alguns dos seus traços físicos, materiais e caracterológicos mais específicos”.

Carlos Braz Saraiva nasceu em Coimbra e foi médico psiquiatra do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (1984-2017), Chefe de Serviço de Psiquiatria (1995-2017), Professor de Psiquiatria na Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra (1998-2017) e membro efetivo do Conselho Médico-Legal (2012-2017). Como docente, colaborou ainda com as Universidades dos Açores, Beira Interior e Cabo Verde. Desde o início da década de 80, desenvolveu trabalhos de investigação, a par da atividade clínica, principalmente na área dos comportamentos suicidários.

Doutorou-se em 1998, com a dissertação: “Para-Suicídio – Contributo para uma compreensão clínica dos comportamentos suicidários recorrentes”. Com a mesma temática – “Autolesões deliberadas – perfil social e clínico” – fez a sua agregação em 2007. Fundou e coordenou a Consulta de Prevenção do Suicídio (1992-2017), foi membro da direção do Colégio de Psiquiatria da Ordem dos Médicos (1987-1995), cofundador do Telefone SOS-Telefone Amigo, tendo sido o seu primeiro diretor (1986-1995), primeiro Presidente da Sociedade Portuguesa de Suicidologia (2001-2005) e consultor do Ministério da Saúde para a área da formação em psiquiatria e saúde mental e prevenção do suicídio (1993; 2012-2013), e do Ministério da Administração Interna para a elaboração de um programa de prevenção do suicídio nas forças de segurança (2006).

Carlos Braz Saraiva foi um dos autores do Plano Nacional de Prevenção do Suicídio (2013) e é autor dos livros de âmbito literário “Turbulências”, “Janela d’Almas” e “Vadiagens do Colibri”, bem como de outros textos, entre artigos científicos, poemas, narrativas, contos, entrevistas ou intervenções em áreas-fronteira do mundo da psiquiatria.

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