“Em março de 2023 aguardavam em LIC [lista de espera cirúrgica] um total de 9.904 utentes, o que corresponde a uma redução de 0,5% (menos 48 utentes), face ao mês anterior. Quando comparado com o período homólogo, verifica-se uma diminuição de 4,5% (menos 465 utentes)”, lê-se no boletim informativo mensal da Unidade Central de Gestão de Inscritos para Cirurgia dos Açores, consultado hoje pela Lusa e disponível na página da Internet da Direção Regional da Saúde.
Nos dois meses anteriores, a lista de espera para cirurgias na região tinha registado ligeiros aumentos mensais.
O Hospital do Divino Espírito Santo (HDES), em Ponta Delgada, na ilha de São Miguel, o maior da região, era o que concentrava mais doentes em lista de espera para cirurgia (6.128) no final de março, seguindo-se o Hospital de Santo Espírito da Ilha Terceira (HSEIT), com 2.539 utentes, e o Hospital da Horta (HH), na ilha do Faial, com 1.237 utentes.
O HDES foi o único hospital da região a reduzir a lista de espera em março, registando menos 1,1% face a fevereiro e menos 13,9% face a março de 2022.
Na Terceira, o número de inscritos aumentou 0,6% num mês e 16,5% num ano, enquanto na Horta aumentou 0,4% e 15,8%, respetivamente.
Também número de propostas cirúrgicas em espera nos Açores (há utentes que estão inscritos para várias cirurgias) registou uma descida, totalizando 11.022, menos 0,6% do que em fevereiro e menos 6,1% do que no período homólogo.
O hospital de Ponta Delgada foi o único a diminuir a lista de propostas em espera, registando uma redução de 1,1% face a fevereiro e de 13,9% em relação a março de 2022.
Segundo o relatório, o tempo médio de espera por uma cirurgia nos Açores, no final de março, era de 360 dias (perto de um ano), menos três dias do que em fevereiro e menos 95 do que no período homólogo.
O HDES era o hospital da região que apresentava maior tempo médio de espera (386 dias), mas foi o único a registar uma descida face ao mês anterior (seis dias).
As três unidades de saúde apresentavam um tempo médio de espera acima dos tempos máximos de resposta garantidos (TMRG) regulamentados, que preveem que uma cirurgia com prioridade normal seja realizada no máximo em 270 dias.
Pouco mais de metade das cirurgias realizadas em março nos Açores (51,5%) ocorreram dentro do TMRG, menos 1,2 pontos percentuais do que em fevereiro.
O HH é o hospital que mais cumpre esse critério (77,8%) e o HDES o que menos cumpre (40,3%).
A produção cirúrgica no Serviço Regional de Saúde dos Açores aumentou em março, tendo sido realizadas 967 cirurgias.
“Estes valores representam um aumento de 14,7% (mais 124 cirurgias), face ao mês anterior. Na comparação com o mesmo mês do ano 2022, regista-se uma redução de 13,4%, ou seja, menos 149 cirurgias realizadas”, lê-se no boletim informativo.
Os três hospitais aumentaram a produção cirúrgica, face a fevereiro, com o HDES a registar o maior crescimento (18,3%).
O número de propostas entradas também registou um aumento, totalizando 1.125, mais 6,9% do que em fevereiro e mais 2,7% do que no período homólogo.
A subida foi comum aos três hospitais, sendo mais acentuada no da Terceira (16,8%).
Em março, foram canceladas nos Açores 239 cirurgias, mais 12,7% do que em fevereiro e menos 31,7% do que no período homólogo.
Também neste caso, foi no HSEIT que se verificou o maior crescimento (23,3%).
LUSA/HN
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