A chefe do Executivo Comunitário emitiu este alerta no mesmo dia em que a Organização Mundial de Saúde (OMS) tomou a decisão de pôr fim a mais de três anos (1.221 dias) de emergência internacional devido à Covid-19, que, segundo a organização, provocou cerca de 20 milhões de mortes.
Esta decisão da OMS é uma “boa notícia” para Von der Leyen, que enfatizou que “a vigilância continua a ser crucial”.
“Embora a pandemia tenha terminado, é claro que a Covid-19 continua a ser uma ameaça global para a saúde e continuará a fazer parte das nossas vidas no futuro próximo”, afirmou, num comunicado divulgado no final da tarde de sexta-feira pela Comissão Europeia.
Na opinião da política alemã, os 27 países da União Europeia e as organizações comunitárias especializadas em questões de saúde devem continuar a monitorizar e a vigilar a doença e a “garantir a vacinação dos vulneráveis”, para que a Europa esteja “sempre preparada para futuras crises de saúde”.
Sublinhou que esta pandemia mudou a UE, que se tornou “uma verdadeira União Europeia da Saúde”, uma vez que dispõe de “novas ferramentas para reagir rapidamente a crises sanitárias emergentes”.
Von der Leyen também enfatizou que a pandemia ensinou aos “27” que “a força da UE está na sua unidade, mesmo perante grandes crises de saúde”.
“A solidariedade europeia, ao partilhar material médico, tratar doentes ou ajudar a repatriar cidadãos, e na reconstrução das nossas economias, ajudou-nos a proteger os nossos cidadãos em conjunto e a ultrapassar as fases mais difíceis da pandemia”, recordou.
A presidente da Comissão constatou que esta pandemia teve “um custo elevado” para as pessoas, para a sociedade e para a economia, mas congratulou-se com o facto de ter sido ultrapassada com sucesso, “graças a uma ação determinada a nível global, pela UE e pelos Estados-membros, e à resiliência e solidariedade” dos cidadãos.
Por fim, enviou uma mensagem de agradecimento “do fundo do coração aos muitos profissionais de saúde pública da ‘linha da frente’ pelos seus extraordinários esforços e dedicação ao longo dos últimos três anos.
“Se não fossem eles, não estaríamos onde estamos hoje”, disse.
LUSA/HN
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