“As obras de remodelação do Centro de Saúde de Seia vão ser uma realidade. A intervenção estrutural do edifício, tantas vezes prometida e há muito necessária e desejada pela população, vai ter início muito em breve”, referiu a ULS da Guarda em comunicado hoje enviado à agência Lusa.
Segundo a ULS, “vão ser investidos mais de dois milhões de euros numa remodelação que tem como principal objetivo assegurar uma prestação de cuidados de qualidade através da melhoria das condições estruturais e de conforto do edifício, beneficiando utentes e profissionais”.
O contrato de adjudicação da obra foi assinado esta semana pelo Conselho de Administração da ULS da Guarda, presidido por João Barranca, e pelos representantes do consórcio vencedor do concurso.
A ULS lembrou que a candidatura para execução da empreitada foi aprovada no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e que estão “reunidas todas as condições para que a obra possa avançar”.
A intervenção contempla a remodelação da totalidade do edifício do Centro de Saúde de Seia, sendo que no Piso 01 vão funcionar áreas de apoio e técnicas, a Unidade de Recursos Assistenciais Partilhados e a Unidade de Cuidados na Comunidade.
No Piso 02 ficará instalada a Unidade de Cuidados de Saúde Partilhados, o Piso 03 acolherá uma área técnica e a direção e o Piso 04 ficará destinado a área técnica.
O Movimento Unitário de Defesa dos Serviços de Saúde em Seia, no distrito da Guarda, que tem defendido a realização de obras no edifício do Centro de Saúde, reagiu hoje com satisfação ao anúncio da adjudicação da empreitada.
“Nós, ainda, acolhemos com expectativas que isso [a obra] se venha a realizar. Já há sinais de que [a empreitada] irá avançar, até porque já se veem alguns contentores onde irão funcionar as instalações [do Centro de Saúde] provisórias. Naturalmente que reagimos com bastante satisfação. É pena que seja tarde, mas vale mais tarde do que nunca”, afirmou à Lusa o porta-voz do movimento, Zulmiro Almeida.
O responsável acrescentou que o movimento de cidadãos continua a reivindicar que, a par das condições físicas, o Centro de Saúde de Seia também tenha melhores condições humanas, ou seja, “consultas e médicos de família”.
“E que a saúde, quer no Hospital de Nossa Senhora de Assunção (Seia), quer no Hospital da Guarda, suba para um patamar mais alto”, desejou, lembrando que a saúde no distrito da Guarda, tal como no país, “está doente”.
O Movimento Unitário de Defesa dos Serviços de Saúde de Seia tem chamado a atenção para os problemas da saúde no concelho “há muitos anos” e em fevereiro promoveu uma ação onde foram reivindicadas obras urgentes no Centro de Saúde.
O Centro de Saúde de Seia e o Hospital Nossa Senhora da Assunção são geridos pela ULS da Guarda que abrange 13 concelhos do distrito da Guarda (exceto o de Aguiar da Beira que na área da saúde pertence ao Agrupamento de Centros de Saúde do Dão – Lafões).
A ULS gere atualmente os hospitais da Guarda (Sousa Martins) e de Seia (Nossa Senhora da Assunção), e também 12 centros de saúde e três unidades de saúde familiar (Carolina Beatriz Ângelo e Ribeirinha, na cidade da Guarda, e Mimar Mêda, na cidade de Mêda).
LUSA/HN
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