Em declarações aos jornalistas no final de uma visita àquela unidade hospitalar, Manuel Pizarro destacou a “forma impecável” e a “grande qualidade técnica, científica e humana” da maternidade que faz, em média, 1.500 partos por ano.
“A remodelação do bloco de partos, num investimento de dois milhões de euros, vai arrancar dentro de dois a três meses para estar concluída até ao final do ano”, adiantou.
Questionado sobre as preocupações manifestadas, na quarta-feira, pela Comunidade Intermunicipal (CIM) do Alto Minho relacionadas com o financiamento nos serviços de saúde, sobretudo nos recursos físicos e equipamentos das instalações dos cuidados de saúde primários”, o ministro disse haver, ao abrigo do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) investimentos de sete milhões de euros nos centros de saúde do distrito de Viana do Castelo”
“Eu sei que os autarcas reclamam mais, mas o montante que está previsto até este momento é de sete milhões de euros”, referiu.
Sobre a criação do serviço de radioterapia no hospital de Santa Luzia, reivindicado pela Liga dos Amigos do Hospital de Viana do Castelo (LAHVC) que originou sobre o abaixo-assinado que recolheu o apoio de mais de 30 mil cidadãos dos 10 concelhos do Alto Minho, o ministro da Saúde disse que esse processo “está a ser estudado exaustivamente do ponto de vista técnico pelas equipas que estão a fazer um plano nacional de radioterapia”.
“Não há nenhum constrangimento orçamental à instalação, ou não, do serviço de radioterapia em Viana do Castelo. A questão é garantirmos que conseguimos fazer radioterapia no hospital de Santa Luzia com a qualidade de que os doentes necessitam”, frisou.
Manuel Pizarro referiu que atualmente a radioterapia é cada vez mais especializada, adequada a cada pessoa e à sua doença oncológica, e por esse motivo a criação daquele serviço “tem de ser bem avaliada, do ponto de vista estritamente técnico”, no sentido de perceber “se a casuística permite que os tratamentos sejam feitos neste hospital com a mesma qualidade com que são feitos noutros locais, onde há uma maior concentração de doentes que conduz a uma maior especialização dos profissionais que estão envolvidos”.
“Eu sou adepto da comodidade dos doentes. Se os tratamentos puderem ser feitos em proximidade, é melhor. Tenho é de garantir a melhor qualidade que estamos em condições de oferecer”, referiu.
Sobre a designação do novo conselho de administração da Unidade Local de Saúde do Alto Minho (ULSAM), cujo mandato terminou em 2019, mas foi prorrogado até 31 de dezembro de 2021 devido à pandemia de covid-19, o governante observou que “o processo corre com tranquilidade”.
“Reconhecendo eu que esta administração já ultrapassou o seu mandato, sobretudo devido à pandemia de covid-19, a verdade é que a administração está em plenitude de funções e não há nenhuma disrupção do funcionamento do hospital”, destacou.
A ULSAM gere os hospitais de Santa Luzia, em Viana do Castelo, onde funciona o serviço de urgência de ginecologia e obstetrícia e, o hospital Conde de Bertiandos, em Ponte de Lima. A ULSAM serve uma população residente de 231.488 habitantes nos 10 concelhos do distrito e algumas populações vizinhas do distrito de Braga.
LUSA/HN
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