Em comunicado enviado às redações, no final de uma reunião entre os dez presidentes de Câmara do distrito de Viana do Castelo e o ministro da Saúde, a CIM do Alto Minho referiu que o encontro “proporcionou um espaço para a CIM Alto Minho apresentar as suas preocupações ao ministro da Saúde”.
“Ambas as partes estão comprometidas em procurar soluções conjuntas para enfrentar os desafios e garantir as melhorias necessárias nos serviços de saúde da região”, refere a nota.
Na quarta-feira, a CIM do Alto Minho pediu uma reunião “com caráter de urgência” ao ministro da Saúde, para abordar as prioridades de investimento e os desafios enfrentados na área da saúde no território.
O encontro realizou-se, esta sexta-feira, na Escola Superior de Saúde (ESS) do Instituto Politécnico de Viana do Castelo (IPVC), depois da visita que Manuel Pizarro efetuou ao hospital de Santa Luzia.
Durante este encontro, “foram abordados temas como a necessidade urgente de criar condições adequadas de financiamento para o investimento e funcionamento dos serviços de saúde no Alto Minho”.
A CIM do Alto Minho “apresentou as suas preocupações e propostas para reforçar a capacidade do Serviço Nacional de Saúde (SNS) na sub-região”.
“As propostas incluem investimentos estruturantes e prioritários, como a reabilitação de estruturas e o reforço de recursos físicos e equipamentos nos edifícios dos cuidados de saúde primários, além da valorização dos serviços de proximidade acrescenta a nota.
A CIM do Alto Minho lembrou que para concretizar estas intervenções, “já foi feito um levantamento de necessidades e elaborados projetos de execução e outras peças técnicas, num trabalho conjunto entre os municípios do Alto Minho e a Unidade Local de Saúde do Alto Minho (ULSAM)”.
“O objetivo é apresentar posteriormente uma candidatura a fundos comunitários, em particular ao Plano de Recuperação e Resiliência (PRR-PT), tendo o ministro Manuel Pizarro afiançado que deverão ter bom acolhimento e enquadramento no processo de revisão do PRR”, refere o documento.
O modelo de financiamento da ULSAM “também foi discutido, destacando-se as dificuldades enfrentadas devido ao modelo de financiamento adotado nos últimos anos”.
“A baixa capitação, em comparação com outras regiões do país, coloca em risco a capacidade de investimento em infraestruturas e equipamentos essenciais para uma melhor resposta dos serviços de saúde no Alto Minho, assim como a própria capacidade de resposta instalada e de funcionamento das valências e especialidades da ULSAM”, especifica a comunidade intermunicipal.
A CIM Alto Minho “ressaltou ainda a importância da criação do serviço de radioterapia no Hospital de Viana do Castelo para o tratamento de doentes oncológicos na região e apresentou as suas propostas, visando a implementação desta valência tão essencial no hospital”.
A necessidade de nomeação de novos titulares para o conselho de administração da ULSAM, cujo mandato terminou em 2019 foi outro dos temas abordados na reunião.
“O governante que tutela a pasta da Saúde informou que esta situação ficará regularizada até ao final do mês de julho”, refere a nota enviada às redações.
A ULSAM gere os hospitais de Santa Luzia, em Viana do Castelo, e o hospital Conde de Bertiandos, em Ponte de Lima. Integra ainda 12 centros de saúde, uma unidade de saúde pública e duas de convalescença, servindo uma população residente de 231.488 habitantes nos 10 concelhos do distrito e algumas populações vizinhas do distrito de Braga.
LUSA/HN
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