A iniciativa, que irá realizar-se na baía do Seixal a partir das 20:30, é uma organização conjunta da Câmara Municipal, juntas de freguesia, Núcleo do Sporting Clube de Portugal do Seixal e comissão de utentes de saúde do concelho, contando ainda com o apoio do movimento associativo.
Na apresentação da iniciativa, o presidente da Câmara Municipal do Seixal, Paulo Silva (CDU), explicou que a caminhada e a corrida surgiram como forma de protesto pelos atrasos no cumprimento dos prazos anunciados pelo Governo para avançar com o projeto.
A caminhada tem um percurso com três quilómetros, enquanto a corrida é de cinco quilómetros, com ponto de encontro marcado para o Parque Urbano da Quinta dos Franceses
Embora a participação seja gratuita, a organização aconselha que seja feita uma inscrição prévia.
A construção do hospital do Seixal, no distrito de Setúbal, é uma reivindicação com mais de duas décadas que já foi objeto de um protocolo entre o Estado e a Câmara Municipal do Seixal, em 2009, com inauguração prevista da unidade de saúde para 2012.
Contudo, só em 2018 houve ‘luz verde’ do Governo para avançar com o futuro hospital do Seixal, com um custo estimado de 25 milhões de euros, mas o concurso público para a conceção e projeto ficou parado devido a questões jurídicas.
Em 29 de março, numa visita ao hospital Garcia de Orta, em Almada, o ministro da Saúde disse que o concurso para a construção do hospital de proximidade do Seixal deverá ser lançado no último trimestre deste ano ou no início de 2024, classificando-o como um equipamento necessário.
“Tivemos finalmente uma sentença do Supremo Tribunal Administrativo que nos permitiu contratar o projeto. O projetista está a trabalhar no projeto que nos será entregue no segundo semestre deste ano. Diria que entre o último trimestre de 2023 e o primeiro de 2024 vamos finalmente pôr a concurso a obra do novo Hospital do Seixal, que desta vez vai passar do papel para a realidade e que bem necessário é”, explicou Manuel Pizarro.
Segundo o ministro da Saúde, o novo hospital no Seixal vai contribuir para diminuir a pressão exercida sobre o Hospital Garcia de Orta, em Almada, unidade que serve uma vasta população e com uma procura significativa.
O presidente da Câmara Municipal do Seixal também já alertou para a “enorme pressão” a que está o Hospital Garcia de Orta, já que dá “resposta ao dobro dos utentes para o qual foi projetado”, sendo por isso necessária a construção da nova unidade num concelho onde cerca de 40 mil utentes não têm médico de família.
O Hospital Garcia de Orta iniciou a sua atividade em setembro de 1991, em substituição do antigo Hospital da Misericórdia de Almada/Hospital Distrital de Almada e, segundo informação oficial, serve atualmente uma população estimada em cerca de 350 mil habitantes dos concelhos de Almada e Seixal.
LUSA/HN
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