Milhares de pessoas transferidas da zona de erupção do vulcão filipino Mayon

16 de Junho 2023

As autoridades filipinas retiraram cerca de 20 mil pessoas da zona do vulcão Mayon, que expeliu a maior quantidade de lava na quinta-feira desde o aumento de atividade registado no início do mês, disseram esta sexta-feira fontes locais.

O Instituto Filipino de Vulcanologia e Sismologia (Phivolcs) disse que a lava se afastou mais de um quilómetro da cratera, enquanto a atividade do vulcão se manteve semelhante à dos dias anteriores, com quatro sismos registados.

O Phivolcs voltou a alertar para o risco crescente de deslizamentos de terras ou avalanches de cinzas, lama e sedimentos expelidos pelo Mayon que se acumulam todos os dias nas encostas do vulcão, segundo a agência espanhola EFE.

O instituto manteve o alerta três, uma escala de cinco, para a possibilidade de uma grande erupção do vulcão localizado na ilha de Luzon, no nordeste do país do Sudeste Asiático.

As autoridades da província de Albay disseram à EFE que transferiram os residentes num raio de seis quilómetros do vulcão, cerca de 20 mil pessoas.

Admitiram também que temem uma evacuação caótica da região se o alerta passar para o nível quatro.

Nesse caso, teriam de retirar os residentes num raio de até oito quilómetros, o que implicaria cerca de 40 mil pessoas, disseram as mesmas fontes.

O Mayon é o vulcão mais ativo das Filipinas, cujo Presidente, Ferdinando Marcos Júnior, admitiu, na quinta-feira, a construção de centros de acolhimento permanentes na província de Albay.

Devido à beleza do cone quase perfeito, o vulcão Mayon é uma das principais atrações turísticas da região.

Com 2.463 metros, o Monte Mayon é o ponto mais alto de Albay e de toda a região de Bicol, a que pertence a província.

Em 2018, a erupção do vulcão levou as autoridades a retirar mais de 75 mil pessoas da zona.

A erupção mais mortífera do Mayon ocorreu em 1814, quando cerca de 1.200 pessoas foram soterradas por rios de lava e quedas de rochas vulcânicas, segundo o Phivolcs.

O arquipélago das Filipinas, com mais de 146 milhões de habitantes e mais de 7.600 ilhas, tem 24 vulcões ativos, segundo o ‘site’ do Phivolcs.

Situa-se no chamado “Anel de Fogo do Pacífico”, ao longo do qual ocorrem cerca de 90 por cento dos terramotos e 75% das erupções vulcânicas.

Para o Philcs, trata-se de um “cenário tectónico único”, que favorece o vulcanismo e a atividade sísmica.

O país localiza-se nos limites de duas placas tectónicas, a do Mar das Filipinas e a euro-asiática, “que mergulham sob o arquipélago ao longo das profundas trincheiras da costa leste e oeste”, segundo o mesmo instituto.

LUSA/HN

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