“A partir de agosto serão pagas as horas extras referentes a 2022 e 2023”, disse Manuel Macebe, diretor adjunto dos recursos humanos no ministério, citado pela Rádio Moçambique.
A Associação Médica de Moçambique (AMM) cumpre hoje o segundo dia da greve nacional de 21 dias em protesto contra cortes salariais e falta de pagamento de horas extraordinárias.
Manuel Macebe pediu que os médicos continuem a trabalhar com o ministério e com o Governo para, em conjunto, “ultrapassar as questões que estão a ser colocadas” na mesa de discussão pelos profissionais de saúde.
Em declarações à Lusa, na segunda-feira, Milton Tatia, presidente da AMM, classificou de “muito boa” a adesão à greve, referindo que estava previsto que paralisassem a atividade entre 2.000 e 2.500 médicos, incluindo os cerca de 1.600 membros da associação, mas o número exato de profissionais que estão a participar ainda terá de ser apurado.
É a segunda greve dos médicos em menos de um ano, após a suspensão de uma outra convocada em dezembro, com a ausência de resultados nos entendimentos alcançados com o Governo nas negociações realizadas no final do ano passado.
Além dos médicos, a Associação dos Profissionais de Saúde Unidos e Solidários de Moçambique também esteve em greve no mês passado em contestação à aplicação da nova tabela salarial, tendo dado um prazo de 60 dias ao Governo para resolver, pelo menos, uma parte das reivindicações dos profissionais.
A implementação da nova tabela salarial na função pública está a ser alvo de forte contestação por parte de várias classes profissionais, com destaque para os médicos, juízes e professores.
LUSA/HN
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