Especialistas alertam que diagnóstico tardio das Hepatites pode ser fatal

22 de Julho 2023

A Associação Portuguesa para o Estudo do Fígado (APEF) está a promover uma ação de consciencialização sob o mote "A Hepatite não pode esperar". A iniciativa visa alertar a população para a gravidade do atraso no diagnóstico.

A campanha surge no âmbito das comemorações do Dia Mundial das Hepatites, que se assinala a 28 de julho, e tem como objetivo alertar os portugueses para a importância do diagnóstico precoce das Hepatites.

Arsénio Santos, presidente da Associação Portuguesa para o Estudo do Fígado afirma, em comunicado, que “a Hepatite é uma doença evitável, tratável e, no caso da Hepatite C, curável. As Hepatites virais B e C afetam 350 milhões de pessoas em todo o Mundo, causando 1,4 milhões de mortes por ano. Em Portugal poderão ainda existir milhares de doentes com Hepatites B e C não diagnosticados.”

“Frequentemente, os doentes infetados não têm sintomas. O diagnóstico faz-se quando se encontram análises hepáticas alteradas ou quando se suspeita que houve exposição a fatores de risco (ter feito transfusões de sangue antes de 1992, ter prática de sexo inseguro ou ter partilhado seringas ou outros materiais, entre outros). É, contudo, desejável que qualquer pessoa faça os testes de rastreio das Hepatites B e C pelo menos uma vez na vida”, acrescenta.

Os especialistas sublinham ainda a taxa de cura da hepatite C, a qual se situa no 97%. No entanto, alertam que “se não forem tratadas, as Hepatites B e C podem evoluir para cirrose hepática, e nalguns casos, para cancro do fígado”.

A Hepatite caracteriza-se por uma inflamação das células do fígado, que pode ter várias causas, nomeadamente os vírus da Hepatite A, B, C, D e E, sendo a B e a C as que têm maior impacto na saúde pública. O fígado é um importante órgão do sistema digestivo e, no caso de inflamação ou lesão, pode haver comprometimento da sua função, podendo originar diversas complicações a curto ou a longo prazo.

PR/HN/VC

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