“Aquilo que nós continuamos a pedir é para as pessoas não se dirigirem a esta zona. Estão aqui muitos meios de socorro. Não havendo necessidade de maior não circulem neste área. Pedimos à população da zona para manterem a atitude de civismo e seguirem as ordens pelas forças de segurança e pelos bombeiros”, disse aos jornalistas o comandante Regional de Emergência e Proteção Civil, Elísio Oliveira.
Neste sentido, os bombeiros contam com o apoio da GNR e da Polícia Municipal sendo que neste momento “só há uma área perto do Pisão” encarada com reserva face à estrutura da via.
De acordo com o comandante da Proteção Civil, o incêndio está dominado e “neste momento fazem-se operações de rescaldo”.
Mesmo assim, em todo o perímetro do incêndio existem algumas áreas de difícil acesso e, por isso, podem ser ativados, apenas em caso de necessidade, meios aéreos para o apoio ao trabalho que está a ser feito através de “ferramentas manuais”.
Assim, disse Elísio Oliveira, o uso dos meios aéreos vai depender da necessidade porque há locais onde vão estar “helicópteros a trabalhar” e caso seja necessário podem vir a ser usadas, “tal como planificado, aeronaves de asa fixa”.
De acordo com as últimas informações 500 operacionais vão ser mantidos no terreno para garantirem a proteção das habitações “em qualquer eventualidade e não descurando” o trabalho que já foi feito no incêndio rural do Parque Natural Sintra-Cascais, distrito de Lisboa, nas últimas horas.
O responsável frisou que o incêndio está dominado “há muitas horas” mas a vigilância vai manter-se.
“A nossa grande preocupação é todo o perímetro do incêndio, sabemos que pode evoluir tanto para a área do interface urbano/rural tanto para o Parque Natural (Sintra-Cascais) e, por isso, mantemos em ambos os flancos do incêndio o dispositivo preparado”, disse Elísio Oliveira acrescentando que as operações tentam “separar a área que está queimada da área verde”, criando uma barreira para evitar propagações.
Quanto ao regresso das pessoas que foram obrigadas a abandonar na terça-feira os locais que habitam, a situação está a ser avaliada estando ainda “um conjunto de habitantes na zona de apoio” em Alcabideche.
“A situação é dinâmica. O regresso dos habitantes é um trabalho que está a ser gerido pelo Serviço Municipal de Proteção Civil de Cascais e conforme se venham a verificar as situações de segurança as pessoas vão regressando às habitações”, afirmou Elísio Oliveira.
O comandante da Proteção Civil disse ainda que sete bombeiros feridos foram transportados para o Hospital de Cascais encontrando-se estáveis e devem regressar a casa nas próximas horas.
Há um ferido com problemas oculares que está no Hospital de Santa Maria, em Lisboa.
Na terça-feira à tarde, a circulação na Autoestrada 5 (A5) foi cortada, nos dois sentidos, entre os nós de Alvide e de Cascais devido ao incêndio que deflagrou em Alcabideche, no concelho de Cascais.
O incêndio foi dado como dominado pelas 04:00.
O incêndio florestal deflagrou perto das 17:00 em Alcabideche, distrito de Lisboa.
Este fogo levou à retirada de cerca de 90 pessoas “por precaução”, incluindo dois grupos de escuteiros portugueses e espanhóis, disse à Lusa o presidente da Câmara de Cascais, Carlos Carreiras.
Os moradores das localidades do Zambujeiro, Cabreiro e Murches abandonaram os locais de residência e foram retirados cerca de 800 animais provenientes do canil municipal e da Associação São Francisco de Assis, que foram transferidos para outro pavilhão municipal, explicou Carlos Carreiras.
LUSA/HN
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