Álvaro Araújo disse à Lusa que enviou um ofício ao ministro da Saúde, Manuel Pizarro, a pedir uma audiência para apelar à instalação de uma viatura de emergência tripulada por médico e enfermeiro e com Suporte Avançado de Vida em Vila Real de Santo António, mas que servirá todo o leste algarvio.
O presidente daquela autarquia do distrito de Faro reiterou, assim, um pedido que já tinha feito antes do verão ao INEM e ao Centro Hospitalar Universitário do Algarve (CHUA) e considerou que o sotavento não pode ser a única zona do Algarve sem uma VMER.
“Ontem [quinta-feira] mandei um ofício para o ministro da Saúde a pedir-lhe uma audiência por causa deste assunto”, revelou à Lusa, frisando que a colocação de uma VMER “é um desígnio” que pode fazer a diferença para quem corre risco de vida em Vila Real de Santo António, Alcoutim, Castro Marim ou Tavira.
Álvaro Araújo deu o exemplo de uma pessoa que sofreu uma paragem cardiorrespiratória no fim de semana passado na praia da Lota, em Manta Rota, e que morreu “apesar dos esforços” dos nadadores-salvadores, banhistas e de uma ambulância com Suporte Imediato de Vida, que conta apenas com uma enfermeira.
“A [VMER] mais próxima estava em Faro, a 45 minutos de distância”, lamentou.
O autarca explicou que a colocação deste tipo de viaturas no território “não é fácil”, porque a “regra” é que elas estejam “junto aos grandes hospitais”, no caso do Algarve situados em Faro e Portimão, mas pede que seja reconhecida uma exceção para o sotavento, à semelhança de Albufeira.
“No caso do Algarve, tem uma [VMER] em Portimão, outra em Faro e abriu-se uma exceção para Albufeira. Ora, se se abriu uma exceção para Albufeira, quando já havia uma Faro, não se justifica que o sotavento fique sempre esquecido”, argumentou.
Álvaro Araújo disse que nas reuniões que manteve antes do verão, o “CHUA disponibilizou os meios humanos”, enquanto “o INEM disse que tem o veículo” para colocar no sotavento.
“Agora é preciso é autorização por parte da tutela”, apelou o autarca, salientando que, sem uma VMER, o sotavento “fica desamparado” e a questionar-se se a existência dessa resposta pré-hospitalar não teria permitido salvar a vida da vítima de paragem cardiorrespiratória que morreu naquela praia.
LUSA/HN
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