O dispositivo consegue produzir resultados em menos de uma hora, pode ser facilmente utilizado por qualquer pessoa sem experiência anterior e o custo é comparável com um método clássico, menos preciso e que é amplamente utilizado neste contexto (culturas).
As características inovadoras do Bactometer foram alcançadas pelo uso de métodos magnéticos e inteligência artificial (machine learning), substituindo os métodos óticos usados pela maioria das tecnologias existentes. O Bactometer combina duas técnicas: deteção de células e análise de ácido nucleico (DNA, RNA).
Este projeto foi criado graças à investigação que tem vindo a ser desenvolvida no INESC – Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores ao longo dos últimos 15 anos (INESC MN e INESC ID).
O novo dispositivo permitirá a identificação rápida e eficiente da estirpe da bactéria e os seus mecanismos de resistência, reduzindo o atual tempo de espera de 48-72h, com uma cultura, para menos de uma hora.
Com a recolha desta informação num período mais curto, será possível prestar melhores cuidados ao doente, aumentar os cuidados assépticos (eventual isolamento) e limitar o uso profilático de antibióticos. Quando utilizado à entrada dos cuidados intensivos, por exemplo, o Bactometer pode ser uma ferramenta para diagnosticar com rapidez e precisão infeções resistentes, permitindo que medidas de isolamento sejam implementadas nas organizações antes que outros doentes sejam afetados.
Estima-se que as bactérias multirresistentes causem cerca de 4,5 milhões de infeções hospitalares por ano na Europa. Para reduzir este número, o Bactometer está a ser desenvolvido por Diogo Caetano, Ruben Afonso, Débora Albuquerque e Ana Rita Soares, e testado no Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte.
AlphaGalileo/HN/RA
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