As autoridades de saúde congolesas relatam quase 9.000 casos de mpox no país e 500 mortes este ano, referiu num comunicado a delegação da UE na RDCongo, acrescentando que a província de Maniema (leste) é a mais afetada.
A epidemia de mpox (também conhecida como varíola dos macacos) alastra e chegou à capital, Kinshasa, onde “dois pacientes foram confirmados e tratados na semana passada”, acrescentou.
Esta situação levou a UE a “intensificar o seu apoio e alargá-lo a três novas zonas de saúde em Maniema, através do reforço das capacidades de resposta, incluindo através da vigilância, sensibilização da comunidade, diagnóstico e tratamento”.
Os 350 mil euros da União Europeia destinam-se à Alima, uma organização médica humanitária presente na RDCongo, para o desenvolvimento de um projeto de cinco meses.
Esses fundos ajudarão a organização em múltiplas funções, afirmou Johan Heffinck, chefe de gabinete do ECHO (Operações de Proteção Civil e Ajuda Humanitária da Comissão Europeia), destacando as respostas a “necessidades urgentes e críticas relacionadas com treino e capacitação em vigilância de doenças, gestão de casos e prevenção de infeções e preparação para resposta a surtos e capacitação de pessoal, estruturas e sistema de saúde”.
A doença, relatada pela primeira vez em humanos em 1970 na RDCongo, é caracterizada por erupções cutâneas e podem ser acompanhadas por surtos de febre, dor de garganta ou dor nos gânglios linfáticos.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) alertou na sexta-feira para um “aumento dos casos” do vírus mpox “nos últimos dois meses em África e na Ásia”, apesar de ter declarado o fim deste tipo de infeção como emergência sanitária em maio passado.
LUSA/HN
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