A contratação de mais podologistas nos cuidados primários de saúde visa reduzir as taxas de amputação do pé diabético.
De acordo com a associação, a presença destes profissionais de saúde na consulta do pé diabético especializada na avaliação, orientação e prevenção de patologias do pé, assim como o seu tratamento, vai permitir reduzir a número de amputações.
“O pé diabético é visto como a principal causa de amputação da extremidade inferior, mais do que uma complicação da diabetes, deve ser considerado como uma condição clínica complexa, que pode acometer os pés e, ou tornozelos de indivíduos diabéticos. Assim, pode reunir perda da sensibilidade dos pés, a presença de feridas complexas, deformidades, limitação de movimento articular, infeções, amputações, entre outras” afirma Manuel Portela, Presidente da Associação Portuguesa de Podologia.
A APP sublinhou hoje em comunicado que a taxa média de amputação do pé diabético em Portugal é de 5,4 por 100 mil habitantes, tendo a zona Norte do país uma taxa de 3,4 /100 mil habitantes.
“Uma amputação no pé implica custos que podem atingir os 25 mil euros, estimando-se que os custos com as amputações em Portugal podem chegar aos 25 milhões de euros por ano. Despesas diretas com a cirurgia, reabilitação do pé e do doente, abstinência laboral e os transportes são os fatores que mais pesam no orçamento da Saúde e da Segurança Social com as amputações dos doentes diabéticos”, lê-se na nota de imprensa.
A previsão para o ano de 2025 é de mais de 450 milhões de portadores de diabetes, destes, pelo menos 25% vão ter algum tipo de comprometimento significativo nos seus pés.
PR/HN/
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