Em reação a declarações do Ministro da Saúde que ontem, no Porto, afirmou que o aumento em 109 milhões de euros no mercado hospitalar no primeiro semestre de 2023 ficou a dever-se, em parte, à introdução da inovação terapêutica nos hospitais. E ainda que entre janeiro e junho deste ano, os hospitais gastaram 993 milhões de euros em fármacos, mais 109 milhões do que no mesmo período do ano anterior, num crescimento de 12,3%, a Apifarma vem hoje a público, através de uma nota de esclarecimento, “corrigir” os “números” avançados por Manuel Pizarro.
Na nota, a Associação que congrega as empresas farmacêuticas a operar em Portugal, começa por afirmar que “em 2022, o investimento do Serviço Nacional de Saúde (SNS) com
medicamentos aumentou 10,9% (hospitais e farmácias comunitárias), de acordo com os dados publicados do INFARMED, comparativamente com um crescimento de 11,4% do PIB nominal”.
E que “No primeiro semestre de 2023, o investimento do SNS com medicamentos aumentou 8,2% (hospitais e farmácias comunitárias), comparativamente com um crescimento de 10,9% do PIB nominal”.
Na nota, a Apifarma salienta ainda que “Estes valores ainda não refletem a totalidade das devoluções feitas pela Indústria Farmacêutica ao Estado. Estas devoluções são estabelecidas por acordos que ao longo dos anos têm vindo a ser firmados entre a APIFARMA e o Estado e pelos contratos de comparticipação e avaliação prévia de medicamentos firmados entre as empresas e o Estado. Acordos essenciais que contribuem para a sustentabilidade do SNS.
E afirma que o investimento do SNS com medicamentos “tem vindo a perder peso relativo ao longo dos anos no montante global público dispendido em saúde. Em 2022 representava 19,9%, quando em 2010 este valor era de 21,2%.”
NR/PR/HN
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