Estão em curso investigações para determinar se a cólera se propagou também a Cartum, a capital, e ao Cordofão do Sul, estados onde foi registado um aumento dos casos de diarreia aquosa aguda, um dos principais sintomas da cólera.
“O acesso sem entraves às localidades afetadas e vizinhas é essencial para responder eficazmente ao atual surto”, afirmou a representante da OMS no Sudão, Nima Abid, que visitou o Estado de Gadarife em 17 de setembro e se reuniu com as autoridades sanitárias e os parceiros para coordenar uma resposta ao surto.
“Um surto de cólera pode ter um efeito devastador no contexto de um sistema de saúde que já está sobrecarregado devido à guerra, à escassez de material médico e de profissionais de saúde, à desnutrição e a problemas de acesso”, explicou a coordenadora.
Mesmo antes de o surto ter sido declarado, a OMS já tinha fornecido material para combater a cólera, incluindo antibióticos, solução de reidratação oral e fluidos intravenosos, a seis estados, incluindo Gadarife, Cartum e Cordofão do Sul, bem como kits de teste de diagnóstico rápido a todos os 18 estados do Sudão. A OMS estava também a apoiar três centros de isolamento da cólera no estado de Gadarife, o mais afetado, dois deles com medicamentos e material sanitário.
No início deste ano, mais de 2.800 profissionais de saúde sudaneses participaram num programa de reforço de capacidades online, liderado pela OMS, sobre a gestão da diarreia aquosa aguda em tempos de crise.
Outro curso de formação online, sobre protocolos de gestão da cólera, da dengue e da malária, foi realizado esta semana para mais de 8.000 profissionais de saúde sudaneses. Foi também ministrada formação no local de trabalho sobre vigilância normalizada e gestão de casos de cólera e outras doenças infecciosas a 185 profissionais de saúde em Gadarife.
NE/HN/Lusa
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