Questionado pela Lusa, fonte do conselho de administração adiantou que o encerramento deste serviço de urgência ocorrerá na sexta-feira e no fim de semana, sendo que no ferido (quinta-feira) estará a funcionar normalmente, sem restrições.
“Na próxima semana a situação será reavaliada”, adiantou a fonte da ULS.
Em comunicado, o conselho de administração informa que, “dada a indisponibilidade de todos os médicos de cirurgia geral em fazer mais de 150 horas extraordinárias por ano e, por terem atingido já esse limite”, na sexta-feira, no sábado e no domingo os doentes serão encaminhados para “a rede de referenciação, estando assegurada a pequena cirurgia, diariamente, bem como a assistência aos doentes cirúrgicos internados”.
A ULSAM gere o hospital de Santa Luzia, em Viana do Castelo, e o hospital Conde de Bertiandos, em Ponte de Lima. Integra ainda 12 centros de saúde, uma unidade de saúde pública e duas de convalescença, servindo uma população residente de 231.488 habitantes nos 10 concelhos do distrito e algumas populações vizinhas do distrito de Braga.
Em setembro, um grupo de profissionais enviou ao ministro da Saúde uma carta aberta com mais de 1.000 assinaturas de médicos a avisar da sua indisponibilidade para fazerem mais horas extras.
Desde então, segundo o movimento Médicos em Luta, a indisponibilidade dos médicos provocou “problemas na elaboração da escala do serviço de urgência” em pelo menos 21 hospitais, incluindo Viana do Castelo, Garcia da Orta, Bragança, Barreiro, Guarda, Viseu, Santarém, Braga, Matosinhos, Leiria, Aveiro, Caldas e Torres Vedras, Portimão e o Hospital Santa Maria.
A Federação Nacional dos Médicos (FNAM) agendou uma manifestação nacional para o dia 17, frente ao Ministério da Saúde.
LUSA/HN
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