Arouca vai financiar próteses e aparelhos dentários de 69 pessoas

11 de Outubro 2023

A Câmara Municipal de Arouca revelou esta quarta-feira que, até janeiro de 2026, vai custear próteses dentárias e aparelhos ortodônticos de 69 pessoas com saúde oral em risco e em situação de vulnerabilidade financeira.

Comparticipado ao abrigo do PAOITI – Plano de Ação da Operação Integrada do Território de Intervenção da zona sul da Área Metropolitana do Porto, o projeto da referida autarquia do distrito de Aveiro adotou a designação “Sorrisos” e dispõe de um orçamento na ordem dos 33.000 euros.

A presidente da Câmara de Arouca, Margarida Belém, recorda que a estratégia local no âmbito da saúde oral teve início em 2017, quando a autarquia liderada pelo PS adquiriu uma cadeira de medicina dentária para viabilizar a consulta da especialidade no centro de saúde local, e refere que o trabalho desenvolvido desde então permitiu identificar a carência de ortodontia que o programa “Sorrisos” agora se propõe suprir.

“Pessoas e famílias em situação de maior fragilidade social tinham dificuldade em aceder a este tipo de tratamentos, a equipamentos ortodônticos e a próteses dentárias, e queremos contribuir para a resolução desse problema”, explica a autarca.

Responsável por um território essencialmente rural e florestal, com 22.400 habitantes dispersos por 329,11 quilómetros quadrados, a presidente da câmara encara assim o projeto como “mais um passo que é dado no sentido de garantir que todos dispõem dos cuidados necessários para uma boa saúde oral, em específico no âmbito da ortodontia”, e antecipa para os respetivos beneficiários uma mudança significativa, com efeitos práticos no quotidiano.

“Estamos convictos de que os impactos se farão sentir não só em termos de autoestima individual, mas também ao nível da qualidade de vida e de uma maior participação social”, defende Margarida Belém.

O programa “Sorrisos” prevê proporcionar próteses dentárias removíveis a 51 adultos e aparelhos ortodônticos fixos básicos a 18 crianças e jovens. No primeiro caso, a despesa com próteses – cujo preço médio individual é de 325 euros – será financiada a 100% pela autarquia; já no caso dos aparelhos, esses dispositivos de correção – de custo médio situado nos 1.820 euros cada – será pago em 50% pelo município e no restante pelo próprio beneficiário.

Os interessados em usufruir do programa devem verificar os requisitos de participação nos serviços de Ação Social da autarquia, sendo que uma das condições exigidas ao candidato é que o seu rendimento familiar ‘per capita’ seja inferior a 480,43 euros mensais.

LUSA/HN

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